Nos exames periciais foram constatadas 14 perfurações no corpo de Maria. A vítima foi atacada em casa, diante de dois filhos adolescentes, um menino de 14 anos e uma menina de 12. Segundo a delegada Adriana Rosa, responsável pelas investigações, Antônio era possessivo e não aceitava o fim do relacionamento, que durou mais de 20 anos.
Ainda conforme relatos das testemunhas, a relação entre o casal era marcada por violência psicológica e ameaças de morte. "Ele a tratava como um objeto. Esse crime é uma prova clara de que o machismo mata", ressaltou a delegada.
O autor se entregou, junto a um advogado, em 22 de maio, cinco dias depois do assassinato. Ele segue preso.
Relembre o caso
De acordo com as investigações, no dia do crime Antônio seguiu a mulher e a filha até uma escola de dança que ambas frequentavam e esperou até que elas voltassem para casa. Por volta das 23h30, o suspeito foi até a residência da ex-mulher e, ao entrar, a vítima ouviu o barulho, indo ao encontro dos filhos.
Ao se depararem com o suspeito, os três foram obrigados a entrar no quarto do terceiro filho do casal, que é portador de deficiência física e mental. Depois, Antônio determinou que a vítima e os filhos entrassem no banheiro, onde iniciou uma discussão com a ex-mulher.
Ainda segundo informou a Polícia Civil, Antônio queria reatar o relacionamento com a vítima, que não aceitava a ideia. Diante da discussão, a filha do casal começou a sentir-se mal e o suspeito ordenou que ela e o outro filho retornassem para o quarto, entregando-lhes uma corda. Com medo, os dois foram para o quarto e fingiram estar amarrados.
O suspeito exigiu que Maria bebesse o líquido de uma garrafa que ele a ofereceu e se irritando diante da negativa da mulher, Antônio pegou uma faca da mochila que usava e a golpeou várias vezes. Ele ainda foi em direção à filha, na tentativa de atingi-la com a faca, mas foi impedido pelo filho. A PC informou que Antônio tinha um bom convívio com o adolescente, mas o relacionamento com a menina era conflituoso.
Conforme levantamentos da polícia, o suspeito, além de usar luvas, ainda teria envolvido o cabo da faca em um papelão. A polícia acredita que o intuito era de não deixar digitais no local.
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