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Estado de Minas

Jornal inglês destaca importância histórica do tradicional pão de queijo

A reportagem aponta que as primeiras receitas das deliciosas 'bolinhas douradas' são de origem indígena


postado em 26/06/2017 16:28 / atualizado em 26/06/2017 21:39

(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
(foto: Leandro Couri/EM/DA Press)
A presença absoluta do pão de queijo nas mesas dos mineiros – e ultimamente do mundo – não passou despercebida para o jornal The Guardian, importante mídia da Inglaterra, que destacou em reportagem o valor histórico do quitute, descrito como "bolinhas douradas, com uma casquinha crocante que envolve um recheio fofo e levemente azedo". Para cair na boca dos ingleses, o jornal ensina até como pronunciar as três palavras: pow-ge-kay-ju.

 "A mandioca – também chamada de aipim, macaxeira e pão de pobre, é um importante elemento culinário brasileiro, presente em diferentes formas nas mesas de todas as regiões do país. Dela faz-se farinha, beiju, mingau, bebidas alcoólicas e o clássico pão de queijo", descreve The Guardian.

A reportagem aponta que as primeiras receitas das deliciosas bolinhas douradas são de origem Guarani, indígenas que ocupavam extenso território brasileiro, habitando os estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul, ultrapassando as fronteiras do país. Muito diferente do que conhecemos hoje como pão de queijo, os indígenas preparavam o quitute apenas com a farinha de mandioca e água, contou o jornal.

E deu detalhes sobre as mudanças da receita ao longo dos tempos, explicando que os colonos portugueses trouxeram consigo a farinha de trigo mas viram que o clima era impróprio para o cultivo do grão e, por isso, a tuberosa era amplamente usada no Brasil. O termo pão de pobre, cunhado na época da escrivadão, refere-se às receitas africanas de pães similares aos indígenas. A receita do pão de queijo só foi incrementada com queijos e ovos após o amplo desenvolvimento de gado leiteiro e granjas no estado, ensinou o jornal.

The Guardian alerta para os riscos à saúde que toxinas da mandioca-brava podem causar se processada de maneira imprópria. Antes de ser refinada para virar tapioca e polvilho, essa espécie de raíz precisa ser descascada, ralada, deixada de molho e secada. Daí a mandioca se torna comestível e está preparada para incorporar ao pão de queijo. "Depois de saído quentinho do forno, não sobra um", constata.

RB


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