Moradores em situação de rua são retirados pela PBH de debaixo de viaduto

Ação integrada da Prefeitura de Belo Horizonte ocorreu na manhã desta quarta-feira na Avenida Silva Lobo, na Região Oeste da capital

João Henrique do Vale

Um grupo de aproximadamente 30 pessoas que vivia embaixo do viaduto na Avenida Silva Lobo, na Região Oeste de Belo Horizonte, foi retirado do local em ação integrada da Prefeitura de Belo Horizonte, na manhã desta quarta-feira.

Parte dos moradores foi encaminhada a abrigos da capital mineira. No local já havia sido identificado uso e tráfico de drogas. Além disso, havia a obstrução da calçada, o que fere o Código de Posturas do município.

Os moradores em situação de rua já estavam sendo acompanhados havia três meses pela Prefeitura de Belo Horizonte. Lá viviam 30 pessoas, 15 da mesma família. Além de adultos, estavam na situação de vulnerabilidade adolescentes, duas crianças de 5 anos, mulheres gravidas e idosos. “É uma ação para dar uma qualidade de vida melhor para essas pessoas, em abrigos e albergues, pois o local estava muito degradado”, explicou o coordenador da Regional Oeste, Gelson Leite.

A ação da PBH envolveu a Secretaria Municipal de Políticas Sociais, a Regional Oeste, a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), a Guarda Municipal e a Urbel. Das pessoas que viviam embaixo do elevado, 15 tinham vínculo familiar.
Elas foram encaminhadas para os abrigos Granja de Freitas e Pompeia, ambos na Região Leste de BH. Em ambos os locais, que são unidade de proteção integral de atendimento socioassistencial. Uma mulher, com o filho, preferiu voltar para Ibirité, na Grande BH, onde tem família. O restante optou por continuar a vida nas ruas e será acompanhado pela prefeitura.

“A ação da Prefeitura é visando sempre o encaminhamento para lugares melhores e seguindo o Código de Posturas do município. Agiu dentro de seu papel legal e de forma humanizada. Foi uma ação tranquila e sem truculência. A própria população cobrava uma ação da PBH sobre a situação”, explicou Gelson Leite. “Já tínhamos identificado o uso e tráfico de drogas, roubos, e foram encontradas peças de carros e motos no local”, completou.

Acolhimento


A ida para os abrigos vai proporcionar assistência social aos moradores. “Essas pessoas viviam em extrema vulnerabilidade. Conseguimos acolher quase em toda totalidade o grupo, inclusive algumas pessoas com cachorros e cavalos. A partir da ida para os abrigos, vamos fazer um estudo de caso mais aprofundado e aprimorado dessas famílias, para que possam acessar outras políticas públicas, como o Bolsa-Moradia”, explicou o secretário Municipal Adjunto de Assistência Social, José Crus. As famílias podem ficar no abrigo de maneira provisória.


(RG)

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