O delegado Álvaro Huertas, que há um ano trabalhava para desarticular e prender a quadrilha encabeçada por "Jiraya", contou que o suspeito era o homem mais procurado de Betim. "Era uma situação de medo na comunidade e ninguém tinha coragem de denunciá-lo, por isso tivemos dificuldade de investigá-lo e localizá-lo", contou.
Segundo Huertas, oito integrantes da quadrilha, que ocupavam cargos de gerência na organização encabeçada por Jiraya, foram presos em dezembro do ano passado. Além do tráfico, o grupo criminoso roubava carros para desmanche e é suspeito também de roubar ônibus que iam para Inhotim, em Brumadinho, na Grande BH. O delegado confirmou ter encontrado carros e motos depenados no local que funcionava como escritório do grupo, no Citrolândia.
Sobre a prisão, Huertas contou que desde que que começou a ser procurado o suspeito se mudou de Betim. Ele foi localizado em uma casa no município de Itatiaiuçu, portando um submetralhadora de fabricação caseira, de calibre .40.
Tráfico
Os principais locais por onde circulava a maconha e a cocaína vendidas pelo grupo são as cidades vizinhas do Citrolândia – Juatuba e Mateus Leme, segundo o delegado. De acordo com o Huertas, não há provas de que os produtos ilícitos fossem comercializados na capital.
Como os principais integrantes da quadrilha foram presos em dezembro do ano passado, o delegado contou que foi feita uma nova formação da quadrilha por Jiraya. "É muito comum a presença de menores de idade no tráfico, que atuam principalmente no varejo. À medida que os superiores são presos, os menores sobem para a gerencia", contou como funciona o escalonamento da organização. Ele também tem passagens pela polícia por porte ilegal de arma e corrupção de menores. .