Presa quadrilha que utilizava drones para monitorar a polícia em Minas

O grupo atuava em ao menos quatro cidades da Região Centro-Oeste no fornecimento e venda de drogas. Vinte pessoas foram presas e um adolescente apreendido

João Henrique do Vale

Uma quadrilha que utilizava drones para monitorar a movimentação da polícia foi presa durante uma operação Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em cidades da Região Centro-Oeste de Minas Gerais.

O grupo atuava em ao menos quatro cidades no fornecimento e venda de drogas. Foram presas 20 pessoas e um adolescente apreendido. A polícia recolheu ainda tabletes de maconha, cocaína e crack.

As investigações começaram em outubro do ano passado. A quadrilha agia no tráfico de drogas em Pitangui, Pará de Minas, Maravilhas, Papagaios e Nova Serrana, e chegava a movimentar aproximadamente R$ 400 mil com o comércio de entorpecentes por mês, segundo o Gaeco. “Tinha uma estrutura organizacional. Alguns dos nossos alvos guardavam as drogas, outros comercializavam e todos ganhavam valores absurdos”, explica o Promotor Ângelo Ansanelli Júnior, responsável pelas investigações.

Nessa quarta-feira, foram cumpridos 27 mandados de prisão, dois de internação provisória, além de 37 mandados de busca e apreensão. Foram presas 20 pessoas e um menor foi apreendido.
Com a quadrilha, foram apreendidos aproximadamente 30 quilos de maconha, cinco papelotes de cocaína, pedras de crack, munições de calibre 32, um simulacro de arma de fogo, seis armas de fogo, três armas de ar comprimido. Também foram encontrados dois drones, 40 veículos, aparelhos celulares e R$ 23 mil em dinheiro.

"Dois drones eram usados para vigiar a operação da polícia. Eles tinham grupos de whatsApp para se comunicar sobre a presença de policiais em bairros de Pitangui. Procuravam sempre saber dos passos que os policiais davam para poder se resguardar”, comentou o promotor. “A quadrilha ostentava os ganhos com o tráfico de droga com casas na zona rural e veículos de luxo”, completou.

Os presos vão responder por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. As investigações vão continuar para tentar identificar outros integrantes da organização criminosa.

RB

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