Em um dos casos, o condutor foi atender um chamado no Bairro Nova Pampulha, em Vespasiano, na Região Metropolitana de BH, por volta das 23h30. Meia hora antes, uma situação semelhante havia aconteceu no Bairro Renascença, Região Noroeste de BH.
Na ocorrência de Vespasiano, um homem e duas menores de idade esperavam o carro. Quando a corrida estava em andamento, o trio anunciou o roubo, amarrou o motorista com o próprio cadarço e o colocou no porta-malas do carro. Durante patrulhamento de rotina pela região, policiais militares se depararam com o veículo e resolveram fazer uma abordagem, mas o ladrão que estava na direção do carro fugiu da polícia, dando início a uma perseguição.
No momento em que os policiais alcançaram o trio, eles fugiram a pé, mas as duas meninas foram capturadas, sendo reconhecidas pelo motorista, que foi encontrado pelos policiais amarrado no porta-malas. Os militares acharam também uma réplica de arma de fogo que foi usada no assalto. O terceiro envolvido na ação não foi localizado.
Ainda na noite de quarta-feira, por volta das 23h, um motorista vinculado ao mesmo aplicativo foi atender a uma corrida na Rua Paru, no Renascença, quando encontrou três pessoas aguardando, sendo dois homens e uma mulher. Um dos homens simulou passar mal no banco da frente, quando o segundo anunciou o assalto, colocando uma arma de fogo na cabeça do motorista. O condutor entregou documentos pessoais, cartões bancários e o telefone celular e foi obrigado a dirigir até o Bairro Primeiro de Maio, na Região Norte de BH. Lá, foi obrigado a descer do carro e os três fugiram levando o veículo, um Fiat Freemont. Ninguém foi preso.
Por meio de sua assessoria, o Uber informou que lançou, recentemente, uma ferramenta de verificação de identidade que exige de usuários que insiram seu CPF antes de ter acesso ao aplicativo, caso paguem em dinheiro, o que reforçará medidas de prevenção implantadas no ano passado. “Nenhuma viagem na Uber é anônima e todas são rastreadas por GPS. Isso permite, por exemplo, que em caso de incidentes nossa equipe especializada possa dar o suporte necessário, sabendo quem foi o motorista parceiro e o usuário, seus históricos, e qual o trajeto que foi feito, sempre respeitando a legislação aplicável (em especial o Marco Civil da Internet).”
A Polícia Militar também tem constatado aumento dos casos de assalto a motoristas do Uber e explica que a alta é resultado da maior adesão de condutores ao serviço, além do fato de o aplicativo passar a aceitar dinheiro em espécie como pagamento. Por outro lado, a PM disse ter intensificado as blitzes para tentar frear esse tipo de ocorrência. Segundo o chefe da assessoria de comunicação da PM, major Flávio Santiago, quando os veículos parceiros da Uber são parados nessas operações, é feita a checagem dos passageiros, além do condutor. Ele disse ainda que a implantação de 86 bases de segurança, prevista para agosto, deve contribuir para melhoria da segurança da categoria.