Jornal Estado de Minas

Chefe de quadrilha que mandava cocaína para a Europa em granito é preso


A Polícia Federal (PF) prendeu um homem considerado chefe da organização criminosa que enviava cocaína do Brasil para países da Europa em peças de granito.

A prisão é um desdobramento da Operação Cullinan, deflagrada em maio e que já indiciou 15 estrangeiros que integravam a quadrilha

O homem, não identificado, foi preso em Madri, na Espanha. O criminoso estava na lista vermelha da Interpol e tinha mandado de prisão aberto na Justiça Federal de Belo Horizonte. 

De acordo com a corporação, o homem era o responsável por coordenar e supervisar o financiamento das operações de envio e venda de cocaína por meio de contêineres marítimos e aéreos entre países da América do Sul, dentre eles o Brasil, para a Europa.

Investigações da Polícia Nacional da Colômbia apontam que o criminoso mantinha relações com faccções do clã do Golfo e Cordilleram, coordenando o embarque e comercialização de cocaína por meio de portos, para a venda aos carteis da Espanha, Bélgica e Itália. 

Ainda conforme a PF, o homem obteve uma documentação falsa para deixar a Espanha com destino á Itália. No país, o criminoso continuaria coordenado a venda de cocaína com traficantes na Bolívia, Peru e Brasil. 

Operação 


As investigações contra a quadrilha foram iniciadas em fevereiro de 2016. Segundo a PF, o grupo alugou imóveis na capital mineira e em Nova Lima e criou uma empresa fictícia. Os agentes identificaram movimentações dos traficantes, a montagem da estrutura e a logística para a exportação da droga, além de registros de compradores e fornecedores do entorpecente. 

O grupo se estabeleceu em Belo Horizonte e Nova Lima, na Grande BH, onde montou um esquema de transporte de cocaína para a Europa em blocos de granito. Somente em uma operação realizada no ano passado, uma tonelada da droga foi apreendida na Bélgica. 

Uma das movimentações foi identificada em novembro do ano passado. A PF identificou a exportação de sete blocos de granito acondicionados em contêineres, que foram enviados para a Espanha, entreposto na Antuérpia, Bélgica.

A transação foi feito por meio de portos de Vitória, no Espírito Santo, e no Rio de Janeiro. (Com informações de João Henrique do Vale)

 

*Sob supervisão do editor Benny Cohen

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