Expansão do Mater Dei tem estrutura completa para transplante de medula

O serviço de transplante de medula óssea (TMO), primeiro projeto de expansão do Hospital Integrado do Câncer, inaugurado em abril de 2016, já está pronto para receber pacientes

Karen Santos*
Um dos sete leitos disponíveis no serviço de TMO do Hospital Integrado do Câncer do Mater Dei - Foto: Divulgação/Mater Dei

A medula óssea, tecido líquido-gelatinoso localizado no interior dos ossos, é o segundo maior órgão do corpo humano. O transplante da medula é uma modalidade terapêutica que utiliza quimioterapia para “limpar” o órgão doente, seguida da infusão de células-tronco para renovação celular. Pacientes que necessitam passar pelo procedimento têm, agora, um novo local para fazer o transplante. O serviço de transplante de medula óssea (TMO), primeiro projeto de expansão do Hospital Integrado do Câncer (HIC) do Mater Dei, inaugurado em abril de 2016, já está pronto para receber pacientes.
Um dos sete leitos disponíveis no serviço de TMO do Hospital Integrado do Câncer do Mater Dei - Foto: Divulgação/Mater Dei

A medula óssea, tecido líquido-gelatinoso localizado no interior dos ossos, é o segundo maior órgão do corpo humano. O transplante da medula é uma modalidade terapêutica que utiliza quimioterapia para “limpar” o órgão doente, seguida da infusão de células-tronco para renovação celular. Pacientes que necessitam passar pelo procedimento têm, agora, um novo local para fazer o transplante. O serviço de transplante de medula óssea (TMO), primeiro projeto de expansão do Hospital Integrado do Câncer (HIC) do Mater Dei, inaugurado em abril de 2016, já está pronto para receber pacientes.

Com sete leitos para TMO, a unidade é composta por uma equipe multidisciplinar e oferece estrutura específica e completa para realização de todas as etapas do procedimento, incluindo avaliação pré-transplante, mobilização, coleta e preservação de células progenitoras hematopoéticas, administração de quimioterapia em altas doses, infusão das células progenitoras, suporte clínico e intensivo durante o período de aplasia medular e suporte ambulatorial pós-transplante.

De acordo com Patrícia Fischer, coordenadora do serviço de hematologia da Rede Mater Dei, o transplante pode ser indicado em cerca de 80 doenças. “Pacientes portadores de leucemias, linfomas, mieloma múltiplo, entre outros podem necessitar de transplante de medula óssea. Por esse motivo, é fundamental avaliação e acompanhamento de médico hematologista para a definição terapêutica”, afirma.

Patrícia explica que a unidade pode oferecer todas as modalidades de transplantes. “Os quartos têm leitos especiais que foram projetados e equipados para reduzir ao máximo o risco de complicações nos pacientes, que podem ocorrer no período de renovação celular. São ambientes com ar-condicionado especial, filtros de ar, sistema de pressão positiva, reservatórios próprios de água que contam com esterilização periódica das canalizações, além de outros cuidados, que propiciam bem-estar ao paciente”, conta a médica hematologista. Ela ainda aponta que os avanços científicos dos últimos anos foram significativos para a realização da TMO. “Esses avanços impactaram na melhor sobrevida dos pacientes devido à utilização de novos medicamentos, melhoria nos suportes assistenciais e infraestrutura adequada: coisas que temos na unidade”.

IMPORTÂNCIA A medula é responsável pela produção e manutenção de elementos como as hemácias, leucócitos e plaquetas, que constituem o sangue. As hemácias ou glóbulos vermelhos fazem o transporte de gases, em especial do oxigênio, no sangue; os leucócitos ou glóbulos brancos constituem o sistema de defesa, e as plaquetas são fundamentais no processo de coagulação do sangue.

Segundo Patrícia Fischer, o TMO é um procedimento rápido. “Ocorre em cerca de duas horas com a infusão das células-tronco retiradas anteriormente do próprio paciente ou de doadores aparentados, podendo ser provenientes de sangue de cordão umbilical e placentário”, destaca.

Atualmente, o transplante de médula óssea pode ser classificado em três tipos. O autólogo é aquele no qual a fonte de células é o próprio paciente; no segundo tipo, alogênico, o doador é um familiar, um desconhecido, que pode ser encontrado no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME) ou por meio de bancos de sangue de cordão umbilical. Há, ainda, o transplante singênico, no qual o procedimento é feito entre irmãos gêmeos univitelinos.

As diferentes modalidades de TMO podem ser indicadas em casos de doenças onco-hematológicas, hematológicas, oncológicas e não neoplásicas. Em muitas dessas patologias, o Transplante de Medula Óssea torna-se uma opção de tratamento relevante. (Estagiária sob orientação do editor André Garcia)

 

Quem pode doar

 

Para se tornar um doador de medula óssea é necessário:

l Ter entre 18 e 55 anos de idade.
l Estar em bom estado geral de saúde.
l Não ter doença infecciosa ou incapacitante.

l Não apresentar doença neoplásica (câncer), hematológica (do sangue) ou do sistema imunológico.
l Algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.

Fonte: Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea