Pipas com cerol deixaram 240 mil pessoas sem energia no primeiro quadrimestre em MG

De janeiro a abril, foram registradas 663 ocorrências de interrupção no fornecimento de energia elétrica causadas por linhas cortantes. Nesta terça-feira, um motoqueiro morreu eletrocutado ao ser atingido por um fio partido por uma dessas linhas

Mirna de Moura *

- Foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press

A morte de um motoqueiro em incidente envolvendo o corte de um cabo de energia por uma linha com cerol nesta terça-feira evidencia um risco constante que preocupa a Cemig por seu potencial fatal e pelos prejuízos causados ao consumidor. Segundo a empresa, de janeiro a abril, foram registradas 663 ocorrências de interrupção no fornecimento de energia elétrica provocadas por linhas com cerol. Estima-se que 240 mil consumidores tenham sido afetados. Ao longo de 2016, cerca de um milhão de clientes foram prejudicados pela prática.

O acidente que matou Cláudio Rogério da Silva na Rua Príncipe Duarte, no Bairro Flamengo, em Ribeirão das Neves, na tarde desta terça-feira, provocou queda de energia na via e no entorno. Em nota, a Cemig informou que "está no local para fazer o reparo na rede de distribuição, mas ainda não há previsão para o restabelecimento de energia para os clientes afetados, uma vez que aguarda a perícia da Polícia Civil para executar o serviço".

A empresa ainda deu dicas para a prática segura de pipas e papagaios e alertou para o uso de cerol. As pipas devem ser empinadas em locais abertos e afastados da rede elétrica. Além de ser um ato criminoso, o uso de linhas cortantes pode causar acidentes graves envolvendo as pessoas que manipulam as pipas e terceiros, especialmente motociclistas. Além disso, as linhas cortantes podem provocar curto-circuito nas redes elétricas e até provocar choque nas pessoas que tiverem contato elas.
*Estagiária sob supervisão do editor André Garcia

RB

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