A Polícia Civil de Minas Gerais (PC) está investigando a responsabilidade pelo abandono de um recém-nascido encontrado em Sete Lagoas, Região Central do estado, em 29 de junho. Segundo a PC, o recém-nascido, um menino, era prematuro – teria nascido entre o sétimo e o oitavo mês de gestação – e foi deixado na Avenida Prefeito Alberto Moura, próximo à Associação de Proteção e Assistência a Condenados (Apac), dentro de uma sacola.
De acordo com a polícia, hospitais e demais unidades de saúde de Belo Horizonte e de Sete Lagoas e região foram notificados a informar caso alguma mulher com sinais de gravidez recente procure as unidades, mas até o momento não houve nenhuma informação. Imagens de câmeras próximas ao local foram analisadas e seguranças da Apac ouvidos. No entanto, eles também não revelaram nada sobre o crime.
A PC apontou que a região onde o recém-nascido foi abandonado é muito erma e tem uma área de mata, o que dificulta as investigações. Informações sobre mulher que estava entre o sétimo e o oitavo mês de gestação, moradora de Sete Lagoas e adjacências, que não tenha voltado para a casa com a criança podem ser repassadas à polícia pelo telefone (31) 3697-2576 ou pelo Disque-denúncia, 181, ligação que preserva o anonimato.
As investigações, lideradas pela delegada Stefânia Nunes, ainda pretendem identificar um motociclista ou motorista de veículo de menor porte que pode ter passado por cima da criança, provavelmente sem saber que se tratava de um bebê. Informações sobre esse motorista, considerado testemunha no caso, podem também auxiliar no andamento do trabalho investigativo.
Entenda
Na manhã de 29 de junho, um caminhoneiro acionou a Polícia Militar ao encontrar um recém-nascido abandonado em uma sacola plástica. Segundo informações da Polícia Militar, o motorista afirmou que trafegava pela Avenida Prefeito Alberto Moura, quando ouviu um barulho. Ao descer do veículo, ele verificou a presença do bebê, que havia sido esmagado.
O homem acionou a corporação, que isolou a área. A perícia da Polícia Civil compareceu ao local e retirou o corpo, que foi levado para uma funerária. Conforme a corporação, o laudo oficial da necropsia ainda é aguardado, mas o recém-nascido era do sexo masculino e foi gestado por sete ou oito meses. Ainda conforme as primeiras informações, o esmagamento teria acontecido pós-morte do bebê.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie
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