Em BH, ações de acolhida de moradores de rua são intensificadas com queda da temperatura

Equipes da Secretaria de Assistência Social e Defesa Civil estão atuando junto à população de rua, com distribuição de cobertores e convencendo algumas pessoas a irem para abrigos

Estado de Minas
Com a queda da temperatura na capital, a Prefeitura de Belo Horizonte anunciou que está intensificando sua atuação junto à população em situação de rua, por meio de equipes da Secretaria Municipal de Políticas Sociais (SMAAS) e da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec).
Além dos moradores que são recebidos nos abrigos até as 20h40, a maioria cadastrados, o pessoal da SMAAS tem realizado trabalho de acolhimento e transporte de algumas pessoas para os albergues, até as 22h. 

Outra linha de atuação são os integrantes da Comdec, que têm distribuído cobertores, somando a iniciativas de voluntários, muitos ligados a grupos religiosos, que também oferece alimentação quente para a população de rua.

A PBH também reforçou a oferta de alimentos nos restaurantes populares, com acesso gratuito para a população em situação de rua, inclusive com a oferta de jantar (Restaurante Popular I – Unidade Rodoviária), e fornecimento de sopas, entre outras refeições.

Os belo-horizontinos podem ajudar por meio do telefone 156, informando sobre pessoas em situação de rua que necessitam de atendimento por alguma das ações emergenciais do período do inverno.

O serviço de acolhimento da SMAAS conta com uma equipe de profissionais com formação superior na área de ciências humanas ou ciências sociais, que abordam pessoas em situação de rua nos turnos da manhã, tarde e noite, procurando constituir um vínculo de confiança com eles, e, a partir de então, construir um caminho de saída das ruas.

Porém, de modo geral, um número grande de moradores de rua demonstra resistência em ir para abrigos públicos. Na noite desta quarta-feira, por exemplo, na Rua Conselheiro Rocha,  na Floresta, onde fica o Albergue Tia Branca, pelo menos 15 pessoas estavam do lado de fora, nas calçadas, por opção.

“Cada pessoa tem seu motivo para não querer ficar no abrigo”, disse um do integrante do grupo, que sugeriu que se sente humilhado pelos monitores do albergue. Um outro questionou a higiene. “Tem muitos percevejos.
Coloca um lençol branco lá e sobe um tanto”, contou..