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Estado de Minas

Travessia no alto da Praça Sete será usada em clipe de banda mineira

Praticantes de highline atravessaram cabo a quase 70 metros de altura no Centro. Autor da música Natureza, para qual o clipe está sendo produzido, gostou tanto da reação das pessoas que resolveu descer para ver de perto


postado em 06/07/2017 06:00 / atualizado em 06/07/2017 07:48

O coração do Hipercentro de Belo Horizonte, a Praça 7, parou na manhã de ontem. Mas não foi por causa de greve, manifestação ou pelo frio que fez todo mundo vestir agasalhos pesados. O que paralisou trabalhadores, estudantes e aposentados que frequentam o espaço estava no céu. Oito praticantes de highline, que é um esporte que consiste em atravessar grandes altitudes se equilibrando em cabos, cruzaram a praça num cabo de 110 metros de comprimento erguido a 69 metros de altura. Sob a mira dos smartphones dessa plateia, os equilibristas transitavam pelos ares entre o Edifício Clemente Faria e o Edifício Bemge. A Polícia Militar estava presente e a todo momento os militares eram interpelados por populares para saber se essa era uma prática permitida. As travessias foram autorizadas pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e realizadas para a gravação de um clipe musical da banda Costa e os Mitos, que contou até com um drone acompanhando os equilibristas.

O aposentado João Pascoal Neto, de 72 anos, ficou impressionado com a façanha dos equilibristas. “A pessoa tem de ser muito corajosa para se dependurar no alto de um prédio desses e ficar passeando de um lado para o outro”, disse, admirado. Os praticantes de highline estavam presos a cordas de segurança, mas cada tombo que levavam do cabo de travessia arrancava suspiros e até gritos das pessoas que os acompanhavam. “Jesus amado! Achei que o rapaz ia cair no meio dos carros. Tem gente que é muito louca mesmo. Onde já se viu?”, admirou-se a cozinheira Ana Maria dos Anjos, de 47 anos.

O cantor Gabriel Costa, que é autor da música Natureza, para qual o clipe está sendo produzido, gostou tanto da reação das pessoas que resolveu descer para ver de perto. “Eu estava no alto com eles – os equilibristas – e como foi juntando gente curiosa na praça, achei mais legal descer e ver como essa reação estava”, disse. O produtor do clipe, Artur Andrade, conta que as filmagens serão contrapostas com outras feitas numa cachoeira. “A nossa ideia é fazer um paralelo entre a natureza e o ambiente urbano. E a reação das pessoas foi muito legal, quando os equilibristas conseguiam fazer a travessia sem cair foram muito aplaudidos”, disse. Há dois anos, os bombeiros fizeram uma travessia com a metade da distância e na década de 1960 um equilibrista fez o percurso sem aparatos de segurança num monociclo. O clipe será lançado no dia 16, num espaço cultural do Bairro Floresta, na Região Leste de BH.
Sob olhares incrédulos de quem passava pela Praça 7, praticantes de highline cruzaram 110 metros entre os edifícios Clemente Faria e do Bemge para a gravação de clipe musical(foto: Vinicius Alves/Esp.EM)
Sob olhares incrédulos de quem passava pela Praça 7, praticantes de highline cruzaram 110 metros entre os edifícios Clemente Faria e do Bemge para a gravação de clipe musical (foto: Vinicius Alves/Esp.EM)


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