Os casos de caxumba em Minas Gerais neste ano estão em alta.
Também conhecida como parotidite, a caxumba geralmente tem sintomas considerados amenos. É caracterizada pelo aumento das glândulas salivares, o que provoca inchaço no rosto. Nos casos graves, pode evoluir até para meningite.
Dados disponibilizados pela SES mostram média de 300 casos por mês neste ano. Em janeiro foram 338; em fevereiro, 310; em março, 393; em abril, 362; e, em maio, 342. Em junho, dados parciais mostram que 138 pessoas foram infectadas. O número de notificações de 2017 já representa 62,5% do total registrado no ano passado. “Estamos percebendo nos últimos anos no Brasil e no mundo o ressurgimento da caxumba em forma de pequenos surtos. O aumento de número de casos passa pela questão vacinal. A maioria dos adultos e jovens que se vacinaram anteriormente receberam doses para a proteção contra sarampo e rubéola, ou não receberam as doses adequadas, que seriam duas da tríplice viral, que inclui a caxumba. Ou de fato não foram vacinados”, explica Gilmar José Coelho Rodrigues, coordenador de Doenças Transmissíveis da SES.
Em Belo Horizonte, nos primeiros seis meses, foram 330 casos registrados. O total equivale a 56,2% de todo o ano passado, quando 587 pessoas foram acometidas pela doença. Em 2015, foram 269 notificações na capital mineira.
No calendário de imunização, a vacina tríplice viral é administrada em bebês aos 12 meses e a tetraviral (que inclui a catapora), aos 15 meses. A vacina pode ser aplicada em pessoas até 49 anos.
O período de transmissão da doença é de nove dias depois dos primeiros sintomas. Por causa disso, o recomendado é que os pacientes fiquem isolados, lavando as mãos com frequência e evitando o compartilhamento de objetos, como copos e talheres.
(RG)
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