O contrato de aproximadamente 800 trabalhadores da Samarco voltou a ser suspenso por três meses pela mineradora. Os trabalhadores entraram em layoff em 1º de junho por um período inicial de dois meses. As atividades da empresa estão suspensas há um ano e sete meses em decorrência da tragédia em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, que ocorreu em novembro de 2015.
Na ocasião, a Barragem do Fundão se rompeu e liberou no ambiente mais de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Houve devastação da vegetação nativa, poluição da Bacia do Rio Doce e destruição de comunidades. Dezenove pessoas morreramno episódio que é considerado a maior tragédia socioambiental do país.
De acordo com a Samarco, o acordo para a suspensão das atividades foi firmado em abril deste ano com os sindicatos Metabase, de Mariana e Belo Horizonte, e o Sindicato dos Metalúrgicos (Sindmetal) do Espírito Santo.
No layoff, o contrato de trabalho é suspenso, assim como o pagamento do salário. No entanto, a empresa tem que oferecer aos funcionários afastados treinamentos de requalificação, e os empregados têm direito a receber uma bolsa paga pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador, além de plano de saúde e vale alimentação.
Desde o rompimento da barragem, a Samarco ofereceu licença remunerada aos trabalhadores de 10 de novembro até 29 do mesmo mês, em 2015. Em seguida, deu férias coletivas de 30 dias, de novembro a dezembro daquele ano. Em janeiro de 2016, foi concedido o segundo período de licença remunerada. Já o primeiro layoff ocorreu de 25 de janeiro a 25 de junho do ano passado.
(RG)