Os casos de febre chikungunya avançam na capital mineira. De acordo com balanço divulgado nesta sexta-feira pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), já foram confirmados 60 pacientes infectados este ano. Em 2016 foram 31 registros da doença na cidade. No estado a situação também é crítica, com 16.738 casos prováveis da febre e uma morte confirmada, em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, onde são mais de 12 mil pessoas com suspeita de chikungunya.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG) lançou até mesmo campanha com o slogan “Você vai deixar a chikunguya marcar a sua vida?” no Leste mineiro, com o objetivo de destacar os sintomas da doença e as formas de prevenção contra o mosquito vetor, que é o Aedes aegypti, o mesmo transmissor da dengue e do zika vírus.
A chikungunya é uma doença febril e os sintomas mais comuns são dores nos ombros, pulsos, dedos, tornozelos, cotovelos, mãos, joelhos e dedos dos pés. A campanha está alertando a população para se conscientizar desses sintomas, que, diferentemente da dengue, podem se tornar crônicos e durar por muito tempo. Por isso é importante procurar uma unidade básica de saúde em caso de suspeita da doença e não usar medicação sem orientação médica.
Dos 60 casos de chikungunya confirmados em BH, 33 são importados, ou seja, contraídos fora da cidade, e 27 autóctones (pacientes infectados no município). Há ainda 15 suspeitas em investigação para a doença.
Já os números da dengue caíram com o fim do período chuvoso e início das baixas temperaturas na capital. Este ano são 697 pacientes com a doença e há 1.145 casos notificados pendentes de resultados. No mês passado, foram oito registros de dengue, depois do pico de março, de 204 pacientes contaminados. Em 2016 houve 116.796 contaminados com a doença em BH e 44 mortes.
A SMSA confirmou ainda que há 14 casos de zika na capital. Há 94 notificações para a doença, das quais 71 são de residentes de BH e 23 de outros municípios.
(RG)