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PM reforça segurança na Pampulha durante as férias de julhoTrês desafios que a Pampulha, patrimônio há um ano, ainda tem que vencerA edificação que mais turistas e visitantes recebeu no conjunto moderno encomendado por Juscelino Kubitschek, em 1942, ao arquiteto Oscar Niemeyer, é o antigo cassino, que há 60 anos, completados neste ano, deu lugar ao MAP. Um ano antes de o conjunto se tornar patrimônio cultural da humanidade, o espaço, mesmo sem muitas exposições, recebeu 81.158 pessoas e, um ano depois, passou a 87.594, aumento da ordem de 8%. “Um dos motivos para receber tanta gente é a facilidade de acesso e de estacionamento. Os jardins de Burle Marx também são muito bonitos e abertos a todos, convidam a tirar fotos e a contemplar a lagoa em paz”, afirma a guia de turismo Cristina Santos, de 58 anos, que reclama, por outro lado, da dificuldade de estacionamento de vans e ônibus nas demais atrações da orla do lago artificial.
A interação das formas dos jardins do MAP com a sua arquitetura atraíram uma família de Macaé (RJ), que em sua passagem pela capital mineira previa apenas visitar o Instituto de Arte Contemporânea Inhotim, em Brumadinho, na Grande BH, mas para satisfazer o desejo do arquiteto José Pacheco, de 62, resolveram passear pela orla. “Não nos arrependemos. São obras muito interessantes e das quais o povo de Belo Horizonte deve se orgulhar de ter. Uma bela sucessão de obras de expressões altíssimas do modernismo nacional num espaço aberto e encantador como esse”, observa o arquiteto fluminense.
Segundo a diretoria do patrimônio da Pampulha a restauração da edificação já foi acordada com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por meio da Lei Rouanet e com recursos do BNDES. O museu e a igrejinha fecham no fim do ano e só reabrirão em 2018.
CASA DE JUSCELINO O espaço que teve o aumento mais expressivo de visitantes foi a Casa Kubitschek, que era a residência de fim de semana do idealizador da orla como espaço turístico, cultural e de lazer, o então prefeito Juscelino Kubitschek. Nada menos que 180% mais pessoas após figurar como patrimônio da humanidade. O interior mobiliado da casa transporta quem passeia pelos cômodos à rotina do futuro presidente e criador do Distrito Federal, sua visão da lagoa e espaço para receber visitantes, aposentos particulares e cozinha, entre outros. Os jardins, na frente e nos fundos, são do paisagista Roberto Burle Marx. O telhado é curioso e chama a atenção por ter forma de asa de borboleta e planos inclinados.
Mesmo sem contabilizar o volume de visitantes na sua área externa, a Igreja de São Francisco de Assis é visivelmente um dos pontos mais movimentados do conjunto cultural que é patrimônio da humanidade. Pelos jardins de Burle Marx, sob as sombras das árvores no calor ou sentados nas pedras para se aquecer no sol, o espaço é muito procurado por turistas, noivos, alunos de escolas locais e fotógrafos. A proximidade com o conjunto é um privilégio para os alunos da Escola Municipal Dom Orione, que têm oportunidades frequentes de realizar atividades ao ar livre em espaços como a igrejinha. “Atualmente, estamos fazendo um trabalho fotográfico sobre a Pampulha. Pela proximidade que temos com o conjunto, essa questão do patrimônio é algo que traz muito orgulho para nós que trabalhamos na região e para as crianças”, disse o professor Sânzio Eduardo.
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