Jornal Estado de Minas

Quadrilha suspeita de faturar R$ 2 milhões em golpes é desarticulada em Minas

Oito pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa que aplicava golpes em vários estados do país foram presas pela Polícia Civil em Minas Gerais, na última semana. A corporação estima que cerca de 100 pessoas foram lesadas em golpes de falsas vendas e empréstimos, e que o grupo tenha lucrado aproximadamente de R$ 2 milhões.

Entre os presos estão os irmãos Carlos Francisco Gomes, de 40 anos, João Francisco Gomes, de 45, e Marizan Francisco Gomes, de 51. A mulher de João, Romária Flávia de Oliveira, de 30, e a companheira de Carlos, Janaine Ferreira da Silva, de 31, também foram presas, além de Elisson Euclides Braga, de 32, Walter Sérgio Matos da Silva, de 45, e Jakeline Aparecida Pereira, de 32. Foram conduzidos coercitivamente Eduardo Silva do Nascimento, vulgo Dudu, de 38, e Emerson Ribeiro da Silva, de 41. Uma mulher ainda está foragida.

O superintendente de Investigação e Polícia Judiciária, Márcio Lobato, contou o que apontaram as investigações. “Eles cometiam dois tipos de golpe. O primeiro era a falsa venda de veículos.
Anunciavam o veículo em um site de vendas, o interessado entrava em contato com o vendedor e ele contava uma história de que já havia pago 48 prestações e que ainda faltavam 12, mas que o banco tinha recolhido o carro e que teria feito um acordo para pagar um valor bem abaixo do que devia, pagamento que deveria ser feito em um prazo curto, justamente para não dar tempo de a pessoa conseguir descobrir o golpe", contou.

Ainda segundo Lobato, o vendedor passava o telefone de uma empresa e o atendente confirmava a veracidade das informações e emitia um boleto no valor para que a pessoa fizesse o pagamento. O dinheiro então caia na conta de um laranja que depois dividia o dinheiro. “Eles chegavam a vender o mesmo carro cinco vezes em uma mesma semana”, completou.

A segunda modalidade, segundo a Polícia Civil, era o golpe do falso empréstimo. A quadrilha oferecia na internet e em jornais empréstimos para pessoas com o nome negativado, sendo que para concretizar a "operação" a vítima deveria depositar 10% do valor do empréstimo, a título de seguro. Após esse deposito, os criminosos não mais atendiam ao telefone.


De acordo com o chefe do Departamento de Fraudes, Rodrigo Bossi, as investigações continuam para prender uma integrante foragida e identificar mais envolvidos. “Vamos dar continuidade à operação e o nosso objetivo agora é descapitalizar a organização criminosa, pois eles faziam diversas viagens, muitas festas e esbanjavam dinheiro”, ressaltou.

 

(RG) 

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