Começa hoje a ocupação de vagas do Shopping Popular Uai, no Centro de Belo Horizonte por ambulantes que saíram das ruas. Inicialmente, 250 dos 1.134 vendedores que atuavam de forma irregular nas calçadas da região serão realocados no centro comercial. Eles vão trabalhar provisoriamente em bancas, até ser transferidos para boxes de dois metros de largura por um metro de comprimento, que estão sendo preparados para recebê-los. Os primeiros pontos de venda ficam no nível térreo e, até sábado, o primeiro e segundo andares também devem estar com as estruturas prontas. No prazo de 10 dias, que vence semana que vem, o Shopping O Ponto, em Venda Nova, também começa a receber camelôs. Ao todo, 1.547 vagas foram disponibilizadas nos dois pontos, que pertencem à mesma rede. No início do mês a prefeitura da capital fechou o cerco ao comércio clandestino nas calçadas do Hipercentro, que contraria o Código de Posturas do Município.
Nos centros de comércio popular, o funcionamento das bancas está previsto pelo prazo de 90 dias, até que a administração municipal sancione a lei que consolida a instalação dos camelôs nesses espaços. Nesses três meses, cada vendedor vai pagar R$ 1 por dia, o que soma R$ 30 mensais A proposta prevista em projeto que tramita na Câmara Municipal é de que o município subsidie o aluguel de boxes por até cinco anos, em percentuais decrescentes, até que cada comerciante assuma completamente o custo de locação.
Ontem, os camelôs sorteados para as vagas começaram a assinar os termos de ingresso no sistema criado pela prefeitura. O atendimento ocorre no Bairro Ipiranga, das 9h às 17h, até a próxima sexta-feira. Muitos ambulantes visitaram os dois shoppings para ver a estrutura que os aguarda. Entre os vendedores, enquanto há quem reclame de deixar as ruas, porque não acredita que a venda nos centros comerciais seja viável, há aqueles que estão otimistas com a mudança. Nesse último grupo está o camelô Jean Ferreira Cruz, de 24 anos, quase 10 deles trabalhando nas calçadas. “A rua é um bom local para trabalhar, porque tem o movimento intenso de pessoas. Mas estou satisfeito em vir para o shopping, que tem boa localização e grande volume de gente transitando”, disse o jovem, que pretende aproveitar as oportunidades para empreender no futuro.
Sócio-proprietário dos shoppings Uai e O Ponto, o empresário Elias Tergilene explica que todos os camelôs poderão receber cursos de capacitação do Sebrae, que tem uma sede na unidade do Centro, além de poder ter acesso a máquinas de cartão de crédito da Caixa Econômica Federal, para alavancar as vendas. Por meio da Fundação Doimo, parceira no projeto da PBH, os vendedores também poderão comprar mercadorias mais baratas sem atravessadores, diferentemente do que ocorria. “Esse não é um projeto de realocação dos camelôs, mas sim de empreendedorismo social. Em um primeiro momento, eles serão acolhidos e, aos poucos, vamos oferecer oportunidade para que mudem a matriz econômica”, afirma.
Mas ainda há quem esteja desconfiado com o futuro da proposta. “Eu queria continuar na rua, porque aqui dentro do shopping a concorrência é muito grande. No meu caso, especificamente, tem ainda outro problema. Fui sorteado para Venda Nova e quero continuar a trabalhar no Centro, onde estou há três anos”, disse William Henrique Farias da Silva, de 22. A também camelô M.R., de 30, que prefere não se identificar, tenta manter a esperança, apesar da insatisfação. “Ainda temos muitas dúvidas sobre qual o resultado dessa mudança. O projeto da banca ainda me agrada mais dos que os boxes, porque o box é muito fechado. Estou tentando pensar positivo. Não custa nada tentar”, disse ela, que contou já ter tido muita mercadoria apreendida por fiscais da prefeitura em 12 anos de venda irregular no Centro de BH.
De acordo com a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, responsável pelo projeto de realocação dos camelôs, muitos dos vendedores cadastrados já começaram a assinar o termo de ingresso para ocupação das vagas. A pasta já havia adiantado que as cerca de 400 vagas restantes poderão ser usadas para trocas entre camelôs que não ficaram satisfeitos com os pontos sorteados.
Nos centros de comércio popular, o funcionamento das bancas está previsto pelo prazo de 90 dias, até que a administração municipal sancione a lei que consolida a instalação dos camelôs nesses espaços. Nesses três meses, cada vendedor vai pagar R$ 1 por dia, o que soma R$ 30 mensais A proposta prevista em projeto que tramita na Câmara Municipal é de que o município subsidie o aluguel de boxes por até cinco anos, em percentuais decrescentes, até que cada comerciante assuma completamente o custo de locação.
Ontem, os camelôs sorteados para as vagas começaram a assinar os termos de ingresso no sistema criado pela prefeitura. O atendimento ocorre no Bairro Ipiranga, das 9h às 17h, até a próxima sexta-feira. Muitos ambulantes visitaram os dois shoppings para ver a estrutura que os aguarda. Entre os vendedores, enquanto há quem reclame de deixar as ruas, porque não acredita que a venda nos centros comerciais seja viável, há aqueles que estão otimistas com a mudança. Nesse último grupo está o camelô Jean Ferreira Cruz, de 24 anos, quase 10 deles trabalhando nas calçadas. “A rua é um bom local para trabalhar, porque tem o movimento intenso de pessoas. Mas estou satisfeito em vir para o shopping, que tem boa localização e grande volume de gente transitando”, disse o jovem, que pretende aproveitar as oportunidades para empreender no futuro.
Sócio-proprietário dos shoppings Uai e O Ponto, o empresário Elias Tergilene explica que todos os camelôs poderão receber cursos de capacitação do Sebrae, que tem uma sede na unidade do Centro, além de poder ter acesso a máquinas de cartão de crédito da Caixa Econômica Federal, para alavancar as vendas. Por meio da Fundação Doimo, parceira no projeto da PBH, os vendedores também poderão comprar mercadorias mais baratas sem atravessadores, diferentemente do que ocorria. “Esse não é um projeto de realocação dos camelôs, mas sim de empreendedorismo social. Em um primeiro momento, eles serão acolhidos e, aos poucos, vamos oferecer oportunidade para que mudem a matriz econômica”, afirma.
Mas ainda há quem esteja desconfiado com o futuro da proposta. “Eu queria continuar na rua, porque aqui dentro do shopping a concorrência é muito grande. No meu caso, especificamente, tem ainda outro problema. Fui sorteado para Venda Nova e quero continuar a trabalhar no Centro, onde estou há três anos”, disse William Henrique Farias da Silva, de 22. A também camelô M.R., de 30, que prefere não se identificar, tenta manter a esperança, apesar da insatisfação. “Ainda temos muitas dúvidas sobre qual o resultado dessa mudança. O projeto da banca ainda me agrada mais dos que os boxes, porque o box é muito fechado. Estou tentando pensar positivo. Não custa nada tentar”, disse ela, que contou já ter tido muita mercadoria apreendida por fiscais da prefeitura em 12 anos de venda irregular no Centro de BH.
De acordo com a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, responsável pelo projeto de realocação dos camelôs, muitos dos vendedores cadastrados já começaram a assinar o termo de ingresso para ocupação das vagas. A pasta já havia adiantado que as cerca de 400 vagas restantes poderão ser usadas para trocas entre camelôs que não ficaram satisfeitos com os pontos sorteados.