Minas Gerais não terá fechamento de postos mesmo depois da diminuição do repasse de verbas para a Polícia Rodoviária Federal (PRF), anunciado na última semana. Mesmo assim, diversos serviços nas rodovias do Estado, que tem a maior malha viária do país, ficarão prejudicados. Como, a fiscalização, atendimento de ocorrências e escoltas de cargas.
A definição dos serviços afetados no Estado aconteceu em reunião nessa segunda-feira. De acordo com a assessoria de imprensa da PRF, todos os postos que funcionam atualmente continuarão abertos. Em relação ao atendimento ao público, os trabalhos vão acontecer de 9h as 15h, sem o intervalo para o almoço.
O trabalho que será mais afetado é em relação ao deslocamento de viaturas. Para evitar os gastos, os veículos somente irão deixar os postos para o atendimento de acidentes com vítimas e ocorrências que por ventura provocarem a interdição das pistas. Outra preocupação é em relação a fiscalização nas rodovias. Elas só acontecerão nas áreas das bases. As cargas excedentes não serão mais escoltadas.
O anúncio da suspensão dos serviços da PRF em todo país foi feito em 5 de julho. Segundo a corporação, o contingenciamento foi imposto pelo Decreto 9.018/17, de 30 de março, que dispõe sobre programação orçamentária e financeira do Poder Executivo Federal para este ano. “Frente ao caráter temporário do contingenciamento, as medidas adotadas foram selecionadas de maneira que impactem o mínimo possível a atividade finalística do órgão e que possam ter reversão sem prejuízos à administração quando da recomposição orçamentária”, diz a PRF.
O Ministério do Planejamento afirmou que todos as pastas foram atingidas pelos cortes e, por isso, estão passando por profundo processo de contenção na execução dos gastos, Segundo o órgão, o limite fixado pelo Ministério da Justiça para a PRF para despesa de custeio da instituição sem considerar a despesa de pessoal este ano é de R$ 257,8 milhões, dos quais R$ 207,1 milhões já foram empenhados, restando um saldo de R$ 50,7 milhões.
O em.com.br entrou em contato com o Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais do Estado de Minas Gerais (Sinprf-mg) que decidiu não se manifestar sobre o assunto nesta terça-feira.