Uma quadrilha especializada no tráfico de drogas em uma das áreas do conjunto de favelas do Aglomerado da Serra, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, foi desmantelada pela Polícia Civil. O grupo é suspeito de torturar um morador, por suspeita de que fosse informante da polícia. Durante a operação no Morro do Papagaio foram presas 14 pessoas. Outros dois integrantes da organização criminosa estão foragidos.
Com as informações obtidas durante as investigações, a polícia conseguiu elementos suficientes para pedir mandados de prisão contra os envolvidos e de busca e apreensão. Uma operação foi montada entre as polícias Civil e Militar, resultando na prisão de 14 pessoas. “São indivíduos moradores do aglomerado que vivem desde a infância no local. Na adolescência já são aliciados pelos traficantes para fazer venda das drogas. A partir das prisões dos traficantes, eles assumem a liderança, como no caso do Bruno”, afirma a delegada.
Além de Bruno, foram presos Alisson Soares Silva, de 25, Cleison Gonçalves de Souza, de 18, Guilherme Gaspar Oliveira da Silva, de 18, Henrique Garcia Lima, de 25, João Victor do Espirito Santo, de 19, Luciano Jerônimo de Souza, de 50, Márcio Daniel de Souza Campos, de 18, Matheus Rodrigues Mendes Ferreira, de 18, Pedro Henrique de Lima Costa, de 28, Ronilto Pereira, de 42, Victor Hugo Perdigão, de 20, Wanderson Vitor Lacerda Reis, de 19 e Yuri Augusto da Silva, de 19. Estão foragidos Alexsander Magno Moreira, de 20, e Vinícius Lopes Pereira, de 22. Na ação, foi apreendido um veículo, um colete balístico, três carregadores, um rádio comunicador, porções de maconha, cocaína, sacos plásticos para dolagem e dinheiro.
Tortura
Durante as apurações sobre a quadrilha, uma vítima procurou a delegacia depois de ser agredida. “ Os integrantes da gangue, suspeitando de que um indivíduo estaria repassando informações para a polícia o torturaram e espancaram. Ele teve ajuda de moradores que intervieram e evitaram o linchamento. A quadrilha achava que ele tinha passado informações sobre um homicídio”, disse a delegada. “Todos os presos já tinham passagens anteriores. O que nos chama a atenção é que Bruno era o único que nunca tinha sido preso”, completou.
(RG)