Mesmo depois da compra de 250 mil fitas de glicemia anunciada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) no final de junho deste ano, o material voltou a faltar. O prefeito Alexandre Kalil (PHS) informou, em entrevista postada em sua página oficial no Facebook na tarde desta quarta-feira, que problemas burocráticos vêm provocando atrasos. Ele garantiu que as fitas não vão faltar para os pacientes diabéticos atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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"Tirar os camelôs do Centro foi uma coisa que me doeu", diz Alexandre KalilKalil anuncia a compra de 250 mil fitas de glicemia para diabéticos em BHRestrição no fornecimento de fita de glicemia pode acabar em Belo HorizonteKalil fala ao vivo no Facebook e diz que 'tá foda' governarKalil anuncia compra de insulina que está em falta nos postos de saúdeInsulina está em falta nos postos de saúde por falta de recursosSecretaria de Saúde de Belo Horizonte recebe reforço de fitas de glicemiaSeguradora em BH é suspeita de adulterar chassis de carros com perda totalHomem suspeito de cometer roubos com arma de choque é preso em Pouso AlegreO problema da falta do material se repete desde ao passado. Em julho de 2016, o Estado de Minas teve acesso à nota técnica da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA), que limitava o fornecimento das tiras a crianças, gestantes e pacientes em terapia renal substitutiva, que fazem hemodiálise ou diálise peritoneal, devido ao baixo estoque.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES) repassa verbas que correspondem à compra de 3 milhões de tiras por ano.
As fitas de glicemia são usadas por pacientes diabéticos para medir a glicose. Com o resultado, a pessoa sabe a quantidade exata de insulina que deve ser aplicada. Sem o uso do produto, os riscos aumentam. E, se colocar mais insulina, a pessoa pode ter hipoglicemia e até entrar em coma. Se a glicermia não for medida, a insulina não é aplicada, e o risco de complicações da doença aumenta.
Centros de saúde
No balanço feito por Kalil no vídeo postado no Facebook, ele jogou a responsabilidade da reforma dos 150 centros de saúde, anunciada em maio deste ano, para a Superitendênca de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).
As obras foram anunciadas em maio. De início, serão feitas em 26,3% dos centros de saúde existentes na cidade. Ao todo, 40 imóveis passarão por reformas, que têm previsão de durar até três meses. O investimento será de R$ 8 milhões, recursos do Tesouro municipal.
Hospital do Barreiro
Na entrevista, Kalil criticou o atendimento à população na área da saúde e prometeu melhoras, inclusive como funcionamento do Hospital Doutor Célio de Castro, conhecido como Hospital do Barreiro. “Se não está sendo atendido direito, como eu quero, vai voltar. Porque nós vamos revirar aquela Secretaria de Saúde, vai chegar a fita, vai chegar o dinheiro, o Hospital do Barreiro vai ser aberto a tapas e pescoção, enfim. Estamos aqui trabalhando para burro. Não somos o melhor do mundo e não somos o pior do mundo”, desabafou.
A previsão da prefeitura é que até novembro 100% dos leitos do Hospital do Barreiro vão estar em funcionamento. Atualmente, são 90 leitos funcionando, sendo 80 de internações e 10 de Centro de Terapia Intensiva (CTI). Até o final do ano, serão 451 leitos, sendo 371 de internação e 80 de CTI.
Veja a entrevista na íntegra:
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