A Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou nesta quarta-feira, com ressalvas, o texto-base do projeto da prefeitura que estabelece as regras para transferir com subsídios camelôs do Centro para shoppings populares. A proposta teve apoio de 32 vereadores, com dois votos contrários e duas abstenções. A maioria dos pontos previstos foi aprovada, mas os parlamentares rejeitaram destaques que estabeleciam tamanho das bancas, necessidade de alvará de funcionamento e auto de vistoria do Corpo de Bombeiros.
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Camelôs começam a trabalhar hoje em bancas do Shopping Uai, no Centro de BHGrupo de camelôs defende permanência nas ruas de Belo HorizonteMudança de camelôs para shoppings populares de BH começa na terçaSob protestos, PBH realiza sorteio de vagas em shoppings populares para camelôsPBH dá ultimato a 576 camelôs que não aceitaram ir para shoppings popularesTermina hoje prazo para camelôs manifestarem interesse por vagas em shoppings popularesPBH publica edital com 105 vagas para camelôs em feiras livres na capitalAudiência pública vai discutir plano de retirada dos camelôs do Centro de BHPrefeitura estende prazo para camelôs oficializarem ida para shoppings popularesA atuação em shoppings foi alvo de crítica por muitos camelôs desde o início. Segundo os ambulantes, em shoppings populares eles terão que enfrentar o que classificam como “concorrência desleal” de comerciantes chineses. Parte dos camelôs pede que sejam criadas feiras livres.
No início desta semana, os ambulantes foram cadastrados e ofertadas as eles vagas em shoppings populares. O sorteio envolveu 1.547 lugares, sendo 871 no Uai O Ponto, na Avenida Padre Pedro Pinto, em Venda Nova, e 676 no Uai, próximo à rodoviária, no Centro. Como o Estado de Minas mostrou na edição impressa desta quarta-feira, a falta de documentação e de informações impediu que os primeiros camelôs sorteados ocupassem na terça-feira as 250 vagas preliminares preparadas no Shopping Uai.
A proposta é de mantê-los por quatro meses trabalhando em bancas, ao custo de R$ 1 por dia, até a aprovação de projeto de lei enviado pelo Executivo à Câmara Municipal para ordenar a atuação dos ambulantes em caráter definitivo.
FEIRAS ABERTAS Nesta quarta-feira, também foi publicada no Diário Oficial do Município a revogação da licitação que contemplava as feiras por razões de interesse público, como forma de solucionar o problema dos camelôs. Os processos licitatórios das Feiras Regionais têm como objeto a permissão remunerada de uso de espaços públicos determinados, em caráter pessoal e precário, para fins de comercialização.
A licitação vale para feiras regionais e livres, a fim de realocar vendedores de plantas e flores, antiguidades, livros e periódicos, artes plásticas e artesanato, comidas e bebidas típicas. As feiras revogadas foram propostas em editais de 2014, mas não foram implantadas por falta de cadastramentos necessários. Sobre a proposta, a secretária Maria Caldas já havia informado que a PBH vai abrir 80 vagas em feiras de abastecimento e mais 700 em feiras de artesanato. Os espaços estão previstos para o segundo semestre e serão criados obedecendo a critérios de processos licitatórios.
RB
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