A determinação do professor universitário Antônio Teodoro Dutra Júnior em seguir pelo leito de um rio teria salvado sua vida, depois de cinco dias perdido no Parque Nacional do Caparaó, na divisa de Minas Gerais com Espírito Santo, durante uma escalada ao Pico da Bandeira. Sem perder o bom humor, apesar do susto, ao falar ao portal “Folha Vitória” sobre como se manteve vivo, ele disse: “foi a falta de juizo que tive. Foi na raça. Não tinha muita escolha. Ou montava e descia ou me entregava aos poucos lá”, afirmou.
Leia Mais
'Foi na raça', diz professor ao irmão sobre dias em que ficou perdido no Pico da BandeiraDepois de cinco dias perdido, professor é encontrado no Pico da BandeiraNúmero de desaparecimentos em trilhas aumentou em Minas no primeiro semestre de 2017Buscas por professor no Caparaó terminam sem sucesso nesta quarta-feiraParque da Serra do Rola-Moça ganha centro para visitantesVeja dicas do Corpo de Bombeiros para não se perder em matas, trilhas ou cachoeirasAntônio, conhecido como “Rosca”, contou que não ouviu o barulho dos helicópteros dos bombeiros do Espírito Santo e de Minas Gerais, que participavam das buscas, e nem dos cães farejadores. Segundo ele, o barulho das cachoeiras não permitiu perceber a movimentação das equipes.
O professor disse que se negou a desistir em sua caminhada no rio. “Quando o negócio ficava feio, tinha uma ponta de pedra, um ramo para segurar”. Antônio acrescentou que se manteve calmo.
De acordo com ele, ainda que ficasse o resto da vida na mata, perdido, tinha convicção de que não deixaria de lutar. Mas, apesar de a aventura terminar bem, ele deixa claro que não voltará a correr risco em caminhadas como a que fez, acompanhado de um grupo de 38 pessoas, no Pico da Bandeira. “Se for para ver o Sol nascer, acorda às 5h30, faz um sanduíche e vai ver na praia”, aconselhou, referindo-se à prática local de subir ao ponto mais alto da Serra do Caparaó para ver o dia amanhecer.
(RG)
.