
Antônio, conhecido como “Rosca”, contou que não ouviu o barulho dos helicópteros dos bombeiros do Espírito Santo e de Minas Gerais, que participavam das buscas, e nem dos cães farejadores. Segundo ele, o barulho das cachoeiras não permitiu perceber a movimentação das equipes.
O professor disse que se negou a desistir em sua caminhada no rio. “Quando o negócio ficava feio, tinha uma ponta de pedra, um ramo para segurar”. Antônio acrescentou que se manteve calmo. “Eu pensei, este rio vai me levar a uma queda de 200 metros ou a um pocinho com uma família brincando”, recordou.
De acordo com ele, ainda que ficasse o resto da vida na mata, perdido, tinha convicção de que não deixaria de lutar. Mas, apesar de a aventura terminar bem, ele deixa claro que não voltará a correr risco em caminhadas como a que fez, acompanhado de um grupo de 38 pessoas, no Pico da Bandeira. “Se for para ver o Sol nascer, acorda às 5h30, faz um sanduíche e vai ver na praia”, aconselhou, referindo-se à prática local de subir ao ponto mais alto da Serra do Caparaó para ver o dia amanhecer.
(RG)
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