Milhares de pessoas saíram às ruas de Belo Horizonte neste domingo em defesa dos direitos dos gays, lésbicas, transexuais, transgêneros e travestis. Com música, palavras de ordem e muitas cores, a 20ª Parada do Orgulho LGBT superou a expectativa e, segundo a organização, reuniu cerca de 100 mil pessoas ao longo do dia.
A concentração começou por volta das 11h na Praça da Estação, que já estava lotada no início da tarde. À noite, os participantes seguiram para a Praça Raul Soares.
Segundo o coordenador da Parada, Azilton Viana, apesar das cores e purpurinas, o principal recado aqui é mostrar a importância de um grupo que ainda precisa lutar por sua cidadania. "A alegria faz parte mas é um momento de reivindicação e visibilidade", disse.
Criminalização da homofobia
O principal pleito, segundo Azilton, é por uma lei que criminalize a homofobia. "O Legislativo está em débito com a comunidade. Nossas derrotas são todas no Congresso, por conta do fundamentalismo religioso", reclama.
Em Minas Gerais, o grupo pede a aprovação da proposta de criação do conselho estadual LGBT, enviada pelo governador Fernando Pimentel (PT) no mês passado à Assembleia. "A gente ainda é considerado cidadão de segunda classe, como se quiséssemos destruir a família, há um discurso de ódio. Por isso nossa luta é para garantir cidadania", disse Viana.
O grito de Fora Temer, incentivado pelos discursos políticos no palco, também tomou a Praça da Estação. " Precisamos nos manter nas ruas mobilizados contra a corrupção. Querermos mais direitos e menos retrocessos", pedem.
FAMÍLIA E DIREITOS
O tema deste ano é “Família e Direitos: nossa existência é singular, nossa resistência é plural”. Conforme promessa feita em fevereiro, o prefeito Alexandre Kalil (PHS) participa do evento. Os militantes estão concentrados deste às 11h na Praça da Estação.
A BHTrans fez a interdição de ruas e avenidas no Centro. Os motoristas devem ficar atentos aos desvios.