A revolta da pequena comunidade de Elvas, distrito de São João del-Rei, nos Campos das Vertentes, não reduziu após um adolescente de 12 anos ter confessado o assassinato da estudante Gisele Lúcia Campos, de 16, em 3 de julho. A confissão foi revelada na tarde de sábado pelo juiz do caso, Ernane Barbosa Neves, em entrevista a um programa da Rádio Vertentes, de São João del-Rei. Com essa reviravolta, o suspeito que estava preso, Abrahão do Carmo Prado, de 26, foi libertado. O clima ainda está tenso na comunidade que se estende ao longo da BR-265, porque os dois suspeitos ainda estão livres. Segundo relato de moradores, nenhum deles tem sido visto em suas residências, mas parentes dos suspeitos relataram a vizinhos que sentem esse clima de hostilidade e por isso temem represália.
A família da adolescente morta é de origem humilde e vive na zona rural. Ela era a única filha e tinha três irmãos, todos trabalhadores da região. O pai da estudante é lavrador e sustenta a família com serviços nas propriedades rurais região, de acordo com informações de pessoas da comunidade. A Polícia Civil informou que só poderia se manifestar sobre o caso hoje, uma vez que a delegacia de São João del-Rei funciona em esquema de plantão nos fins de semana. Em Tiradentes, o caso também repercute trazendo indignação.
No dia 7, Abrahão foi detido pela polícia como suspeito de ter cometido o crime. Segundo o juiz Ernane Barbosa Neves, o homem manteve silêncio durante depoimento, sendo que foi justamente o depoimento do adolescente de 12 anos, que afirmou que Abrahão tinha matado Gisele porque gostava dela, mas não era correspondido, o principal fator para o pedido de prisão no início do mês.
A jovem foi morta pouco depois de descer do ônibus escolar. Ela foi estrangulada com uma corda e seu corpo atirado em uma vala da via rural. Mas, com o andamento das investigações, o adolescente mudou a sua versão, dizendo que teria sido ele quem matou Gisele por não ser correspondido afetivamente. O juiz afirma que esse depoimento não pôs, ainda, fim ao caso e que as investigações continuarão.
REPRESÁLIA Uma vizinha de um dos acusados, que pediu para não ser identificada, conta que o suspeito não tem sido visto em casa por medo de ser atacado. “O pessoal aqui está muito revoltado, muito nervoso. Foi uma covardia o que fizeram com a menina e muita gente diz que isso não vai ficar assim, que quer Justiça”, disse a mulher. Outro morador do distrito, o comerciante Moisés Nascimento, de 43 anos, conta que a rotina de Elvas foi abalada depois do crime. “Aqui é uma zona rural, um lugar muito tranquilo. O clima ficou pesado, muito tenso. Porque todos se conheciam, eram frequentadores da mesma escola, das casas dos familiares e dos jogos de futebol, das festas de aniversário”, comenta.
De acordo com ele, a vítima seria colega de escola do seu filho e o rapaz também está consternado. “O que deixa as pessoas mais indignadas é que temos duas pessoas soltas, mas o caso é muito nebuloso. Não sabemos se o menor confessou como estratégia de advogado para livrar o outro nem mesmo se há um terceiro envolvido. Isso tudo a gente tem visto deixar a tensão alta aqui pelos comentários que escutamos”, conta.
A família da adolescente morta é de origem humilde e vive na zona rural. Ela era a única filha e tinha três irmãos, todos trabalhadores da região. O pai da estudante é lavrador e sustenta a família com serviços nas propriedades rurais região, de acordo com informações de pessoas da comunidade. A Polícia Civil informou que só poderia se manifestar sobre o caso hoje, uma vez que a delegacia de São João del-Rei funciona em esquema de plantão nos fins de semana. Em Tiradentes, o caso também repercute trazendo indignação.
No dia 7, Abrahão foi detido pela polícia como suspeito de ter cometido o crime. Segundo o juiz Ernane Barbosa Neves, o homem manteve silêncio durante depoimento, sendo que foi justamente o depoimento do adolescente de 12 anos, que afirmou que Abrahão tinha matado Gisele porque gostava dela, mas não era correspondido, o principal fator para o pedido de prisão no início do mês.
A jovem foi morta pouco depois de descer do ônibus escolar. Ela foi estrangulada com uma corda e seu corpo atirado em uma vala da via rural. Mas, com o andamento das investigações, o adolescente mudou a sua versão, dizendo que teria sido ele quem matou Gisele por não ser correspondido afetivamente. O juiz afirma que esse depoimento não pôs, ainda, fim ao caso e que as investigações continuarão.
REPRESÁLIA Uma vizinha de um dos acusados, que pediu para não ser identificada, conta que o suspeito não tem sido visto em casa por medo de ser atacado. “O pessoal aqui está muito revoltado, muito nervoso. Foi uma covardia o que fizeram com a menina e muita gente diz que isso não vai ficar assim, que quer Justiça”, disse a mulher. Outro morador do distrito, o comerciante Moisés Nascimento, de 43 anos, conta que a rotina de Elvas foi abalada depois do crime. “Aqui é uma zona rural, um lugar muito tranquilo. O clima ficou pesado, muito tenso. Porque todos se conheciam, eram frequentadores da mesma escola, das casas dos familiares e dos jogos de futebol, das festas de aniversário”, comenta.
De acordo com ele, a vítima seria colega de escola do seu filho e o rapaz também está consternado. “O que deixa as pessoas mais indignadas é que temos duas pessoas soltas, mas o caso é muito nebuloso. Não sabemos se o menor confessou como estratégia de advogado para livrar o outro nem mesmo se há um terceiro envolvido. Isso tudo a gente tem visto deixar a tensão alta aqui pelos comentários que escutamos”, conta.