A Polícia Civil do Rio de Janeiro desencadeou nesta terça-feira uma operação para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra suspeitos de envolvimento com o jogo Baleia Azul, que incentiva o suicídio.
Segundo a Agência Brasil, a operação Aquarius é coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) da Polícia Civil fluminense. Os mandados expedidos pela Justiça estão sendo cumpridos em 20 municípios de nove estados brasileiros. O site G1 afirma que são 24 mandados de busca e apreensão em Minas, no Amazonas, Pará, Paraíba, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e no Rio de Janeiro, onde há também um mandado de prisão. Segundo a reportagem, um jovem de 23 anos foi preso na Baixada Fluminense.
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O primeiro registro foi de um jovem de 19 anos que se matou em Pará de Minas, na Região Centro-Oeste do estado. Em Leopoldina, na Zona da Mata, é investigada a participação de um jovem de 18 anos no jogo. A mãe do garoto procurou a polícia em 13 de abril, informando que o filho estava participando do jogo e que tinha cortes no braço, reproduzindo a imagem de uma baleia. Os traços teriam sido feitos com a ajuda de uma colega de sala do filho, que o teria incentivado a entrar no game.
Em Belo Horizonte, um adolescente de 16 anos foi encontrado morto no Bairro Ribeiro de Abreu, na Região Nordeste de Belo Horizonte. Apesar de a princípio a Polícia Civil não relacionar o caso ao “game”, familiares da vítima suspeitam que haja relação. Em Manhuaçu, na Zona da Mata, uma adolescente de 13 anos foi encontrada desmaiada dentro de casa, depois de ingerir cartelas de um medicamento para tratamento de epilepsia e outra para dores musculares.
Neste ano, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) emitiu recomendação à Secretaria de Estado de Educação (SEE) para que as instituições de ensino orientem pais e alunos, de forma a evitar que criminosos se aproveitem da vulnerabilidade, especialmente de crianças e adolescentes. Veja algumas medidas que podem ser tomadas pelos pais e responsáveis.
- Fique atento a eventuais mudanças de comportamento do jovem
- Demonstre interesse pela rotina dele
- Adolescentes com a autoestima em baixa são mais vulneráveis
- Dialogue e atraia a confiança de seu filho
- Evite que ele fique muito tempo na internet
- Deixe o computador em um local comum e visível da casa
- Evite expor na internet informações particulares e dados pessoais
- Denuncie grupos e comunidades suspeitas ao #MPMG: crimedigital@mpmg.mp.br