O anúncio de um rodízio de milkshake da lanchonete Xodó vem provocando polêmica nas redes sociais. Internautas acusam o comércio de transfobia e machismo por causa de um anúncio feito pelo Facebook. No post, a empresa, localizada na Avenida João Pinheiro, próximo a Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, afirma que será cobrado preços diferentes entre homens e mulheres, e que a definição do gênero só será aceita com a apresentação de documento civil. A estratégia revoltou os clientes que criticaram a atitude na página oficial. Diante da repercussão negativa, a empresa comunicou a mudança no valor da oferta e pediu desculpas aos ofendidos pela propaganda.
A promoção foi publicada em 12 de julho. Na imagem, postada no Facebook, aparece uma jovem fazendo o sinal positivo com as mãos. No plano de fundo, três milkshakes de sabores diferentes.
Além da diferenciação de preços entre homens e mulheres, outro detalhe chamou a atenção dos internautas e provocou revolta. Na parte de baixo do anúncio, em letras pequenas, tem observações de como será conferido o gênero dos clientes. “Definição do gênero conforme documento civil”, explicou a rede de fast food.
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Mineira que faz careta para evitar assédio levanta discussões sobre feminismo e machismo Mineira mostra os dentinhos contra o machismo e vira hit na internetAcusada de machismo e transfobia, lanchonete de BH pede desculpas e muda proposta de rodízioNo início da noite, o Xodó enviou nota pedindo desculpas pela propaganda e unificando a cobrança pelo rodízio. Confira a nota na íntegra:
'O Xodó retifica as regras de consumo do 1º Rodízio de Milk Shake, previsto para acontecer nos dias 22 e 23 de julho. Com 50 anos de história em Belo Horizonte, o Xodó acredita que aprende e evoluí todos os dias com a cidade e com a sociedade. Desta maneira, pede desculpas a todas as pessoas e, principalmente, às que se sentiram ofendidas ou excluídas pelas regras do evento. Informa ainda que vai ofertar o rodízio pelo VALOR ÚNICO de R$17,99 a todas as pessoas (lembrando que crianças de até cinco anos não pagam).
Cobranças diferentes
A diferenciação de cobrança de preços entre homens e mulheres levou o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça, a divulgar no início deste mês uma orientação técnica que veta a medida. O parecer vale para bares, restaurantes e casas noturnas. Os estabelecimentos terão um mês para se adequarem à determinação. A partir desse período, os consumidores do sexo masculinoo poderão exigir o mesmo valor cobrado às mulheres.
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