Com o intuito de mostrar poder e intimidação, três jovens, com idades entre 17 e 19 anos, assassinaram um adolescente de 17 anos, em um cemitério de Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. As investigações da Polícia Civil apontam que o grupo, que age no tráfico de drogas, estava insatisfeito com Ismael dos Reis Souza por ele cometer roubos próximo aos locais onde eram vendidos os entorpecentes. Por isso, o trio teria armado uma armadilha e assassinado a vítima com vários golpes de facas.

O crime aconteceu em 12 de julho. De acordo com a Polícia Civil, além de Ismael, os jovens queriam matar o irmão dele, de 15, por causa dos roubos. Eles armaram uma armadilha para cometer o crime. Vinícius de Jesus Oliveira, de 19, e outro adolescente chamaram Ismael e o irmão para fumarem maconha, porém, somente o garoto mais velho aceitou o pedido.

A dupla levou a vítima até o cemitério no Bairro Porto Seguro. De acordo com a Polícia Civil, quando Ismael foi acender um cigarro no local, um terceiro adolescente pulou o muro do cemitério e agarrou a vítima pelo pescoço. O jovem conseguiu se desvencilhar e correu.

Porém, foi atingido com um soco. Em seguida, Vinícius se aproximou com uma faca e desferiu vários golpes. A perícia da Polícia Civil constatou que a vítima foi atingida por mais de 30 facadas. O corpo do adolescente foi encontrado desfigurado, com um corte profundo no rosto e com as mãos decepadas.

O inquérito foi aberto pela polícia e ficou sob responsabilidade do delegado Gustavo Assunção. Diante das informações colhidas, equipes da delegacia conseguiram chegar até os suspeitos. Todos já tinham passagens anteriores. Segundo o delegado, um deles cumpriu medida sócio educativa depois de tentar envenenar o pai. O crime teve como motivação o fato de a vítima não aceitar o envolvimento do filho com o tráfico de drogas.

Outro menor, que foi responsável pelas 30 facadas, afirma ser membro de uma igreja que segue a belzebu, um espírito demoníaco. Ele, inclusive, possui duas tatuagens em referência a Lúcifer. Contra ele há registro por ato infracional análogo a receptação. Quanto a Vinícius, constam registros policiais por porte ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas e roubo..