Um treinador de escolinha de futebol do Bairro Glória, na Região Noroeste de Belo Horizonte, foi condenado a 20 anos de prisão em regime fechado pelo crime de estupro de vulnerável cometido contra dois adolescentes, na época com menos de 14 anos de idade. A decisão, divulgada nesta terça-feira, foi do juiz Luís Augusto César Pereira Monteiro Barreto Fonseca, titular da 8ª Vara Criminal de Belo Horizonte. O réu está preso e permanecerá detido durante a fase de recurso.
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Treinador de escolinha de futebol é preso suspeito de abusar de adolescentes em BHFamília deve receber indenização de R$ 10 mil de plano de saúde que negou quimioterapiaAcusada de machismo e transfobia, lanchonete de BH pede desculpas e muda proposta de rodízioAudiência pública vai discutir plano de retirada dos camelôs do Centro de BHTécnico de escolinha de futebol de BH é indiciado por estupro de alunos entre 7 e 15 anosNa sentença, o magistrado destacou que um dos adolescentes contou que "criou relação de confiança e afeição pelo réu e que também ganhou presentes". A mãe da vítima observou uma mudança de comportamento do filho e, ao questioná-lo, confirmou os abusos praticados pelo técnico. A segunda vítima também confirmou que houve um "relacionamento" entre eles e que tinha medo que o técnico o prejudicasse caso não continuassem os encontros.
A defesa do acusado pediu a absolvição por ausência/insuficiência de provas. Segundo o TJMG, a defesa afirmou a que as práticas teriam sido consensuais ou que as vítimas não eram mais crianças. O acusado negou os crimes, sustentando que a questão se limita à não aceitação por parte dos pais e que “os adolescentes podem ter confundido o seu carinho”.
O juiz Luís Augusto Barreto Fonseca confirmou o crime e condenou o réu a 20 anos de prisão. “Deste modo, em um confronto entre as declarações das vítimas, corroboradas no possível pelas testemunhas, e pelas conversas de WhatsApp de um lado e, de outro, as alegações do réu, mostra-se a versão apresentada pelos adolescentes a mais próxima do que realmente aconteceu”, afirmou o magistrado ao portal do TJMG. Ele destacou ainda o fato de as vítimas terem menos de 14 anos: “Não há que se falar que os atos teriam sido consensuais.” .