Belo Horizonte registrou no primeiro semestre queda expressiva no número de roubos, mas os ataques a carros tiveram recuo tímido e continuam a assustar moradores. Dados da Polícia Civil indicam que houve 3.972 ocorrências do tipo nos primeiros seis meses do ano – uma a cada 65 minutos, em média –, contra 4.066 no mesmo período de 2016. A redução, de apenas 2,31%, está distante da registrada nos roubos em geral, de 13,97%.
Coordenador do Centro de Pesquisa em Segurança Pública da PUC Minas, Luis Flávio Sapori avalia que as ações de vigilância e repressão por parte da Polícia Militar e Guarda Municipal que contribuíram para a redução dos roubos em geral não tiveram efeito sobre os ataques a veículos. “Essas ações não afetam o roubo de carros, que depende de repressão mais qualificada, com investigação para identificar e desarticular as quadrilhas especializadas em roubo e receptação de veículos e peças automotivas”, afirma o especialista.
Sapori ressalta que a modalidade envolve um grande mercado paralelo, com dinâmica própria e articulada. Ele cobra medidas específicas contra esse tipo de delito, de alto risco para as vítimas. “A chance de a pessoa ser morta durante assalto em que o veículo é levado é grande porque ela pode reagir ou adotar outro comportamento que leve o criminoso a atirar”, disse.
MEDO Moradores que tiveram o carro roubado relatam traumas por conta das ações violentas e também cobram medidas para combater o crime. É o caso do administrador Fábio Drumond, de 47 anos, que há dois meses correu risco ao ser interceptado por ladrões no Bairro Belvedere, Região Centro-Sul de BH. Com dois carros roubados no mesmo bairro, bandidos fizeram uma espécie de barricada, impedindo a passagem de Fábio na esquina da Avenida Luiz Paulo Franco com a Rua Jornalista Djalma Andrade. Um jovem saiu de um dos veículos já com uma arma em punho mirando sua cabeça.
“Durou segundos. Quando vi o revólver, levantei a mão, abaixei a cabeça e pedi calma. Falei para levar o que quisesse”, relata Fábio. “Tenho um filho de um ano e a cadeirinha estava dentro do carro. Na hora só pensei em como seria se ele estivesse lá e eu tivesse que fazer outros movimentos para tirá-lo do carro”, acrescentou o administrador, que dirigia o carro da mulher, Bruna Nogueira Gontijo Drumond, de 34. “Pensei que poderia ter acontecido comigo”, completou ela.
Fábio pede presença mais ostensiva da Polícia Militar no bairro para impedir a ação de bandidos. “Dava para ver que o menino tava muito nervoso e não era um profissional, devia ter 18 anos. É uma sensação de impotência que só quem passou sabe. Eu saí dali pensando em não andar mais de carro”, disse. Na madrugada seguinte ao roubo, que ocorreu por volta das 20h30, o Jeep Cherokee levado pelos assaltantes foi encontrado batido no Bairro Caiçara, Região Noroeste de BH. Depois de dois meses na oficina, Fábio buscou o carro ontem.
Em nota, a Polícia Civil informou que considera positiva a redução nos casos de roubos e furtos de veículos em BH e disse que trabalha constantemente para o combate a esse tipo de crime. Uma das ações é a ronda territorial, realizada onde os roubos ocorrem com mais frequência, informou o texto, sem detalhar quais são essas áreas ou como o trabalho funciona. A corporação disse ainda que seu principal trabalho atualmente é a regulamentação e efetivação das regras relacionadas à Lei do Desmonte, que defende ser uma medida para redução considerável de furtos e roubos de veículos.
Coordenador do Centro de Pesquisa em Segurança Pública da PUC Minas, Luis Flávio Sapori avalia que as ações de vigilância e repressão por parte da Polícia Militar e Guarda Municipal que contribuíram para a redução dos roubos em geral não tiveram efeito sobre os ataques a veículos. “Essas ações não afetam o roubo de carros, que depende de repressão mais qualificada, com investigação para identificar e desarticular as quadrilhas especializadas em roubo e receptação de veículos e peças automotivas”, afirma o especialista.
Sapori ressalta que a modalidade envolve um grande mercado paralelo, com dinâmica própria e articulada. Ele cobra medidas específicas contra esse tipo de delito, de alto risco para as vítimas. “A chance de a pessoa ser morta durante assalto em que o veículo é levado é grande porque ela pode reagir ou adotar outro comportamento que leve o criminoso a atirar”, disse.
MEDO Moradores que tiveram o carro roubado relatam traumas por conta das ações violentas e também cobram medidas para combater o crime. É o caso do administrador Fábio Drumond, de 47 anos, que há dois meses correu risco ao ser interceptado por ladrões no Bairro Belvedere, Região Centro-Sul de BH. Com dois carros roubados no mesmo bairro, bandidos fizeram uma espécie de barricada, impedindo a passagem de Fábio na esquina da Avenida Luiz Paulo Franco com a Rua Jornalista Djalma Andrade. Um jovem saiu de um dos veículos já com uma arma em punho mirando sua cabeça.
“Durou segundos. Quando vi o revólver, levantei a mão, abaixei a cabeça e pedi calma. Falei para levar o que quisesse”, relata Fábio. “Tenho um filho de um ano e a cadeirinha estava dentro do carro. Na hora só pensei em como seria se ele estivesse lá e eu tivesse que fazer outros movimentos para tirá-lo do carro”, acrescentou o administrador, que dirigia o carro da mulher, Bruna Nogueira Gontijo Drumond, de 34. “Pensei que poderia ter acontecido comigo”, completou ela.
Fábio pede presença mais ostensiva da Polícia Militar no bairro para impedir a ação de bandidos. “Dava para ver que o menino tava muito nervoso e não era um profissional, devia ter 18 anos. É uma sensação de impotência que só quem passou sabe. Eu saí dali pensando em não andar mais de carro”, disse. Na madrugada seguinte ao roubo, que ocorreu por volta das 20h30, o Jeep Cherokee levado pelos assaltantes foi encontrado batido no Bairro Caiçara, Região Noroeste de BH. Depois de dois meses na oficina, Fábio buscou o carro ontem.
Em nota, a Polícia Civil informou que considera positiva a redução nos casos de roubos e furtos de veículos em BH e disse que trabalha constantemente para o combate a esse tipo de crime. Uma das ações é a ronda territorial, realizada onde os roubos ocorrem com mais frequência, informou o texto, sem detalhar quais são essas áreas ou como o trabalho funciona. A corporação disse ainda que seu principal trabalho atualmente é a regulamentação e efetivação das regras relacionadas à Lei do Desmonte, que defende ser uma medida para redução considerável de furtos e roubos de veículos.