O suspeito, identificado como Walter Ernesto Goddard Júnior, de 24 anos, foi apresentado pela Polícia Civil na manhã desta quarta-feira. Segundo o delegado Rodolfo Rabelo, responsável pelas investigações, o preso é de Sabará e vem de uma família com boas condições financeiras. A polícia suspeita que ele agia há mais de um ano. “Ele era promoter, produzia festas em algumas boates da capital, e se valia da função que exercia para promover a venda de drogas”, disse o delegado. Rabelo acredita que esta pode ter sido uma das maiores apreensões de drogas sintéticas entre as delegacias de BH.
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Durante o cumprimento dos mandados judiciais, os policiais ainda encontraram R$ 3 mil em dinheiro, uma balança de precisão, embalagens plásticas para embalar as drogas, um simulacro de arma de fogo e uma faca peixeira, de acordo com a corporação.
Conforme a polícia, cada comprimido de ecstasy era vendido por R$ 30 ou R$ 50. A variação de preços dependida do evento.
Ainda segundo Rodolfo Rabelo, Walter disse que não comercializava as drogas, e que estava apenas guardando o material ilícito para terceiros. Durante a apresentação à imprensa, ele permaneceu em silêncio. Até então, ele tinha uma única passagem pela polícia, por crime de trânsito. Ele foi encaminhado ao Centro de Remanejamento de Presos (Ceresp) Gameleira.
O delegado também falou sobre o perfil dos traficantes de drogas sintéticas. "Como a droga sintética custa mais e está ligada à realização de eventos, geralmente a pessoa que tem maior poder aquisitivo é que pode comprar. Esses traficantes de drogas sintéticas geralmente são de famílias boas, que têm condição boa, e não têm relação com o tráfico violento, como chamamos, que vive de favela, que vende nas ruas”, detalhou. As investigações continuam para tentar descobrir se outras pessoas estavam envolvidas no esquema..