Vendido em pequenos volumes, fácil de ser transportado – inclusive pelos Correios – e com alto valor em baladas, o ecstasy volta a desafiar autoridades policiais. Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) mostram que, entre janeiro e maio deste ano, as ocorrências com apreensão de ecstasy aumentaram 59%, de 77 para 123 em Minas. Em Belo Horizonte, os registros mais que dobraram: saltaram de 24 para 51, alta de 112,5%. Ontem, um promoter que atuava em casas noturnas da capital foi preso pela Polícia Civil em Sabará (Grande BH) acusado de vender a droga na noite. A Polícia Civil afirmou ter apreendido 3,8 mil comprimidos, avaliados entre R$ 140 e R$ 200 mil.
“Com a quantidade apreendida, seria possível produzir mais de 100 mil comprimidos da droga, o que equivale a milhões de reais”, afirma o chefe da Polícia Federal em Confins, delegado Flávio Braga. Em março, outros 60 mil comprimidos de ecstasy foram apreendidos no aeroporto. A droga foi encontrada com uma passageira, de 29 anos, uma paulista que viajava da Holanda para o Brasil, passando pela Bélgica e Portugal. “O tráfico de drogas sintéticas tem aumentado no Brasil inteiro e em Minas e isso tem aparecido mais nas apreensões. Este é um tipo droga difícil de ser identificada porque, diferentemente de outros entorpecentes, como cocaína, pode ser transportada em pequenas quantidades e ocultadas nas bagagens ou em malotes de correio”, afirma.
O delegado lembra que, em geral, organizações criminosas trazem as substâncias da Europa e recrutam traficantes de classe média alta. “Esse não é um tipo de droga encontrada em ‘bocas’. É vendida em festas e baladas”. Braga afirmou que, desde o fim do ano passado, o trabalho de fiscalização foi intensificado em Confins para combater a entrada das sintéticas no estado. “Temos uma equipe só para repressão a drogas, com policiais especializados, cães e o serviço de inteligência atuando em conjunto, e temos aumentado a atenção, principalmente, nos voos que vêm da Europa.” Ele lembrou ainda que as ações são feitas em conjunto com aeroportos do interior e também de outros estados, principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo.
CORREIOS No caso de ontem, em que 3,8 mil comprimidos de ecstasy foram apreendidos na capital, a droga foi encontrada em caixas do serviço Sedex, dos Correios, que tinham remetente de São Paulo, mas que a polícia desconfia ser um endereço falso. O acusado preso, Walter Ernesto Goddard Júnior, de 24 anos, é suspeito de agir há um ano. A maior parte da droga foi escondida por ele na casa da namorada, que mora no Bairro Buritis, Região Oeste de BH. Segundo a polícia, a moça estuda em BH, mas não mora na capital e não sabia do envolvimento do rapaz com o tráfico nem da presença da droga na casa dela.
Segundo o delegado Rodolfo Rabelo, responsável pelas investigações, o preso é de Sabará e de família com boas condições financeiras. “Ele era promoter, produzia festas em algumas boates da capital, e se valia da função que exercia para promover a venda de drogas”, disse. Rabelo considera que a apreensão é uma das maiores de drogas sintéticas entre as delegacias de BH. Durante o cumprimento dos mandados judiciais – um na casa dele e outro no apartamento da namorada – os policiais ainda encontraram R$ 3 mil em dinheiro, uma balança de precisão, embalagens plásticas para as drogas, um simulacro de arma de fogo e uma faca peixeira, de acordo com a corporação. Segundo a polícia, cada comprimido de ecstasy era vendido por R$ 30 ou R$ 50.
Chefe do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico, o delegado Wagner Pinto reconhece preocupação pelo aumento das apreensões e sustenta que a corporação “tem intensificado o trabalho de investigação e inteligência para chegar aos traficantes.”
“Com a quantidade apreendida, seria possível produzir mais de 100 mil comprimidos da droga, o que equivale a milhões de reais”, afirma o chefe da Polícia Federal em Confins, delegado Flávio Braga. Em março, outros 60 mil comprimidos de ecstasy foram apreendidos no aeroporto. A droga foi encontrada com uma passageira, de 29 anos, uma paulista que viajava da Holanda para o Brasil, passando pela Bélgica e Portugal. “O tráfico de drogas sintéticas tem aumentado no Brasil inteiro e em Minas e isso tem aparecido mais nas apreensões. Este é um tipo droga difícil de ser identificada porque, diferentemente de outros entorpecentes, como cocaína, pode ser transportada em pequenas quantidades e ocultadas nas bagagens ou em malotes de correio”, afirma.
O delegado lembra que, em geral, organizações criminosas trazem as substâncias da Europa e recrutam traficantes de classe média alta. “Esse não é um tipo de droga encontrada em ‘bocas’. É vendida em festas e baladas”. Braga afirmou que, desde o fim do ano passado, o trabalho de fiscalização foi intensificado em Confins para combater a entrada das sintéticas no estado. “Temos uma equipe só para repressão a drogas, com policiais especializados, cães e o serviço de inteligência atuando em conjunto, e temos aumentado a atenção, principalmente, nos voos que vêm da Europa.” Ele lembrou ainda que as ações são feitas em conjunto com aeroportos do interior e também de outros estados, principalmente no Rio de Janeiro e São Paulo.
CORREIOS No caso de ontem, em que 3,8 mil comprimidos de ecstasy foram apreendidos na capital, a droga foi encontrada em caixas do serviço Sedex, dos Correios, que tinham remetente de São Paulo, mas que a polícia desconfia ser um endereço falso. O acusado preso, Walter Ernesto Goddard Júnior, de 24 anos, é suspeito de agir há um ano. A maior parte da droga foi escondida por ele na casa da namorada, que mora no Bairro Buritis, Região Oeste de BH. Segundo a polícia, a moça estuda em BH, mas não mora na capital e não sabia do envolvimento do rapaz com o tráfico nem da presença da droga na casa dela.
Segundo o delegado Rodolfo Rabelo, responsável pelas investigações, o preso é de Sabará e de família com boas condições financeiras. “Ele era promoter, produzia festas em algumas boates da capital, e se valia da função que exercia para promover a venda de drogas”, disse. Rabelo considera que a apreensão é uma das maiores de drogas sintéticas entre as delegacias de BH. Durante o cumprimento dos mandados judiciais – um na casa dele e outro no apartamento da namorada – os policiais ainda encontraram R$ 3 mil em dinheiro, uma balança de precisão, embalagens plásticas para as drogas, um simulacro de arma de fogo e uma faca peixeira, de acordo com a corporação. Segundo a polícia, cada comprimido de ecstasy era vendido por R$ 30 ou R$ 50.
Chefe do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico, o delegado Wagner Pinto reconhece preocupação pelo aumento das apreensões e sustenta que a corporação “tem intensificado o trabalho de investigação e inteligência para chegar aos traficantes.”