O prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PHS) reagiu nesta quinta-feira ao anúncio da Secretaria Municipal de Saúde sobre a colocação de guardas municipais para patrulhar, de maneira fixa, as nove Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital mineira durante a madrugada, por conta de denúncias de falta de segurança.
“Guarda Municipal é pra prender bandido, não é para proteger hospital. UPA é um nome bonito, mas é um hospital. Então já estamos colocando (os guardas) a noite, vamos gastar dinheiro com isso, mas isso é uma aberração. Porque não é normal polícia em porta de hospital, só acontece no Brasil”, disse o prefeito, enquanto visitava obras de urbanização e lazer no Aglomerado Morro das Pedras, na Região Oeste de BH.
A mudança de estratégia partiu da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) depois de denúncias de séries de atos de violência a servidores nas unidades e centros da capital mineira neste ano. Na terça-feira, funcionários fizeram um protesto na Unidade de Pronto Atendimento (Upa) Nordeste, no Bairro São Paulo. Na semana passada, de acordo com o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, houve registros de agressões físicas e verbais aos médicos em todos os dias na UPA Nordeste. Um outro levantamento, feito em parceria com o Sindicato dos Servidores Públicos de Belo Horizonte (Sindibel), aponta que foram registradas mais de 50 ocorrências de violência nos centros de saúde da capital, em 2017.
O patrulhamento da Guarda Municipal era feito em ronda, com viaturas trafegando no entorno das unidades. Com a mudança, as nove UPAs de Belo Horizonte serão bases fixas para os veículos da corporação. Cada unidade terá uma viatura disponível no período de 19h às 7h. No restante do dia, o patrulhamento continuará sendo feito em ronda, como já ocorre atualmente.
As mudanças, no entanto, não se estendem aos centros de saúde da capital que não contam com a presença de guardas fixos diariamente.