Jornal Estado de Minas

Operação encontra "gatos" de energia na Região Noroeste de Belo Horizonte

Mais uma ação para o combate a ligações irregulares e as fraudes em medidores de consumo de energia, conhecidas como “gatos”, é realizada pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) em Belo Horizonte. A operação será encerrada nesta sexta-feira no Bairro Alípio de Melo, na Região Noroeste. Foram encontrados medidores de consumo suspeitos que foram encaminhados para perícia. Irregularidades foram encontrados em estabelecimentos comerciais. De janeiro a meados de julho deste ano, a companhia inspecionou 41.089 unidades consumidoras com suspeitas de irregularidades.

Como o Estado de Minas mostrou em 21 de junho, os “gatos” geram um prejuízo anual de R$ 300 milhões para a Cemig. Os golpes para reduzir a conta de luz, informa a companhia, ocorrem tanto na periferia quanto em áreas nobres de Belo Horizonte. “A tarifa dos consumidores mineiros poderia ser até 5% mais barata se não houvesse ligações irregulares e clandestinas na área de concessão da Cemig”, afirmou a Companhia.

As ações para combater os “gatos” tiveram início no segundo semestre do ano passado. A cada 15 dias, são realizados mutirões.
Os estabelecimentos são identificados por meio de um centro de inteligência que acompanha o consumo em tempo real de todos os clientes.

Nesta sexta-feira, a ação foi realizada na Avenida Abílio Machado, no Bairro Alípio de Melo, Região Noroeste. Nessa atuação, os técnicos inspecionaram cerca de 25 medidores de consumo de energia e encontraram suspeitas em estabelecimentos comerciais. Os equipamentos suspeitos foram retirados e levados para perícia técnica no laboratório da companhia. Além disso, 2 mil cortes pro inadimplência foram realizados.

O titular da unidade onde foi encontrada a irregularidade pode responder criminalmente sobre a situação. A intervenção é crime previsto no artigo 155 do Código Penal e prevê multas e pena de um a oito anos de reclusão, além da obrigação de ressarcimento de toda a energia furtada e não faturada em até 36 meses, de forma retroativa.

Segundo a Cemig, além disso há o risco de se fazer os “gatos”. As ligações irregulares e clandestinas representam a segunda maior causa de mortes com eletricidade no Brasil, atrás apenas de acidentes fatais na construção civil e manutenção predial.

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