Alunos do curso de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) criticaram nesta quinta-feira um trabalho da disciplina Casa Grande que consistia em projetar um imóvel de alto padrão com espaço separado para empregados – com quartos e banheiros incluídos.
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“Como discutido em diversas disciplinas na EAD-UFMG, o quarto de empregada, por exemplo, tem como origem a segregação escravista. Ele surge como uma solução para separar empregados e patrões que permaneceram vivendo juntos após a abolição, em 1888”, diz trecho da nota de repúdio.
“Com o crescimento das cidades e a verticalização urbana, as novas soluções de moradia mantiveram soluções arquitetônicas que perpetuam a separação entre patrões e empregados", prossegue o texto. Na nota, os alunos pedem o cancelamento da proposta da disciplina por considerar que perpetua o racismo.
Contatado pelo em.com.br, o professor Otávio Curtiss se manifestou por e-mail. “Não tenho interesse em entrar nessa questão. Os alunos não são obrigados a cursar essa disciplina para obterem o grau de arquitetos.” Procurada, a assessoria de imprensa da UFMG informou que a Escola de Arquitetura deveria falar sobre o caso. A diretoria da escola, por sua vez, informou que aguarda o departamento e o colegiado se manifestarem para se posicionar sobre o caso.
Leia na íntegra a carta dos alunos: