O que você faria com o trânsito de Belo Horizonte, se estivesse na direção da principal cadeira do prédio da avenida Afonso Pena, 1.212, onde fica a sede da prefeitura? Sugestões certamente não faltam; o que falta é oportunidade de cada cidadão externar a sua opinião. Pois essa chance está prestes a surgir: para ouvir opiniões de moradores que enfrentam as ruas da cidade no dia a dia, o município vai renovar as comissões regionais de transporte e trânsito (CRTTs), a partir de 2 de agosto, com a participação popular. A ideia é ouvir gente como o taxista Joviano Monteiro Júnior, de 45. Se tivesse o poder do prefeito da capital, ele aumentaria o tempo da luz verde do semáforo na Rua Cabo Valério dos Santos, esquina com a Avenida Tereza Cristina, no Barreiro. “Dependendo do horário, ele fica vermelho por quatro vezes e a gente não passa”, reclama.
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O trânsito virou uma dor de cabeça constante para os moradores da cidade por vários motivos. Um deles é a explosão da frota, que cresceu 74% nos últimos 10 anos, de 1.020.465 unidades, em 2007, para 1.778.298 em 2017, segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MG). A BHTrans e a Sudecap, empresa municipal a quem cabem as obras, tentam melhorar o fluxo de veículos no município, mas nem sempre as mudanças agradam a todos. E a eleição das comissões regionais é um bom momento para pôr as insatisfações para fora.
O empresário Túlio Henrique Gomes de Menezes, de 22, por exemplo quer ver a queda de um muro que atrapalha o trânsito na Rua Delegado Gilberto Porto, no Bairro Nova Gameleira, na Região Oeste. Trata-se de uma construção nos fundos do Departamento de Operações Especiais (Deoesp) da Polícia Civil. “É como se o muro tivesse avançado sobre a via”, conta o motorista.
A rua em que ele defende a mudança comporta trânsito em ambos os sentidos, mas, quando passa pelos fundos do Deoesp, a via suporta apenas um veículo por vez.
SEM ACESSO Queixas também são ouvidas no Bairro Carlos Prates, um dos mais antigos da cidade, na Região Noroeste. É lá que mora o publicitário Rosinaldo Santos, de 41. Ele pede que as faixas para pedestres e as de parada obrigatória recebam novas camadas de tinta, pois estão apagadas, o que pode facilitar batidas e atropelamentos. E defende melhor sinalização para orientar condutores que não conhecem bem a região. “Deveria existir uma placa, por exemplo, na Rua Rio Casca, informando que aquele é o último acesso para a Avenida Pedro II.
Uma placa na Tremedal, mostra o publicitário, chama a atenção. Por causa da faixa exclusiva para ônibus na Pedro II, algumas vias tiveram o trânsito interrompido. Mas a sinalização não acompanhou a mudança. “Esta placa, veja só, deveria ter sido trocada, pois informa que a pessoa pode seguir reto ou virar à esquerda. Os moradores passaram tinta branca para tampar a indicação de que é permitido entrar à esquerda.”.