A presença da Guarda Municipal em linhas de ônibus de Belo Horizonte vem diminuindo os crimes cometidos no transporte. De acordo com a Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial, de janeiro, quando a Operação Viagem Segura entrou em vigor, a abril deste ano, as ocorrências tiveram queda de 18,7%. O secretário de Segurança, Cláudio Beato, também ressaltou a diminuição nos roubos a transeuntes e nas unidades de pronto-atendimento (UPAs). Porém, as ocorrências em postos de saúde tiveram alta de 28,87%.
O balanço do primeiro semestre da Prefeitura de Belo Horizonte foi divulgado no fim da manhã desta segunda-feira durante coletiva de imprensa com representantes das secretaria municipais de Assistência Social, de Saúde, de Segurança Urbana e Patrimonial e de Serviços Urbanos de BH. Veja quais foram os dados apresentados nas áreas da saúde, serviços urbanos e assistência social.
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Outro ponto comemorado pela prefeitura é a diminuição no número de roubos a pedestres. Segundo a secretaria, foram registrados 12.675 ocorrências no primeiro semestre deste ano, contra 15.082 no mesmo período de 2016, diminuição de 16%. “Belo Horizonte não está um paraíso, pelo contrário, ainda temos muita coisa a fazer e melhorar.
“A segurança funciona, a gente pode dizer, com uma ótica de mercado. A partir do momento em que você tem uma polícia atuando, a outra também passa a atuar de uma forma bastante intensa. Como estamos vendo a PM, que também faz atividades de outra natureza que não as da guarda. Então, complementa muitas vezes de forma brilhante. Mas a guarda tem um tempo de atuação mais no campo preventivo, especialmente, no Centro da cidade, onde teve uma atuação mais intensa e onde caíram muitos dados de crimes contra o patrimônio”, completou.
Centros de saúde
Um desafio para a segurança será diminuir a violência nos centros de saúde. Dados divulgados pela secretaria mostram que de maio a 18 de julho deste ano houve um aumento nas ocorrências registradas pela Guarda Municipal nesses locais.
Depois de cobrança de funcionários e pacientes das UPAs, desde 18 de julho as unidades passaram a ser patrulhadas por guardas municipais. Uma das formas de aumentar a vigilância nos imóveis é com uso de tecnologia. “Depende de recursos, é um grande desejo nosso ampliar as formas de vigilância, não somente com guardas, mas também com segurança eletrônica de câmeras e alarmes. Isso está em nosso horizonte de planejamento”, diz Beato.
Iluminação
O secretário também falou sobre a troca de 182 mil pontos de luz que usam lâmpadas de vapor de sódio pela tecnologia de LED. Foram identificadas 100 áreas vulneráveis, onde é grande o número de ocorrências. “São 100 áreas que ainda serão objetos de iluminação, mas a gente sabe que algumas concentram mais (ocorrências), como o Centro, que tem grande número de crimes contra o patrimônio, e áreas comerciais de bairros.
Aplicativo
Uma das apostas da Secretaria de Segurança é a tecnologia. Um aplicativo que já está em funcionamento em outras cidades, como Rio de Janeiro e Salvador, será usado para que a população registre crimes e em quais áreas do município eles aconteceram. A participação popular no aplicativo será impulsionada por propagandas da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). “Todas as ações da administração municipal vão se pautar agora também por esses dados. Tem muito a ver com esse componente subjetivo, de insegurança que as pessoas sentem em determinadas áreas da cidade, de crimes que as pessoas são vítimas e não denunciam para a polícia. Então, nós vamos ter um longo espectro de informações, que vai nos ajudar nesse planejamento necessário”, disse Beato.
“A base de dados é certamente menor que as bases de dados oficiais que você tem, e que por sua vez, também omite 30% dos crimes como roubo, que não aparecem nas bases de dados oficiais, visto que muita gente não presta queixa. Essa outra amplia neste ponto de vista”, complementou.
(RG)
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