Funcionários de diferentes unidades de saúde de Belo Horizonte e cidades do interior de Minas participaram de um protesto nesta terça-feira contra o fechamento da Unidade Ortopédica Galba Veloso (UGOV), anunciado na última semana pela Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig). Pacientes já não são mais encaminhados ao local desde o anúncio. Mais de 300 pessoas participaram do ato. Na quinta-feira, uma nova reunião foi marcada para discutir o assunto. Há a possibilidade de o fechamento ser adiado.
O anúncio do fechamento da unidade foi feito devido a um acordo entre a Fhemig e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). A Promotoria de Saúde entrou com uma ação civil pública contra a fundação em 2013, depois de receber laudos da Vigilância Sanitária que apontavam irregularidades. Segundo o órgão, um acordo para o fechamento foi feito, pois foi definido que não havia como fazer correções no imóvel.
Leia Mais
Servidores fazem manifestação em defesa do Hospital Odilon BehrensTrabalhadores da educação e saúde fazem manifestação em Ribeirão das Neves e EsmeraldasUsuários e funcionários dos hospitais da Fhemig fazem manifestação em BHFhemig pede prorrogação do prazo para fechamento da Unidade Ortopédica Galba VelosoFuncionários ocupam prédio da Unidade Ortopédica Galba Velloso em BHPrazo para o fechamento da Unidade Ortopédica Galba Veloso se esgota em setembroNa manhã desta terça-feira, aproximadamente 300 trabalhadores fizeram manifestação em frente ao prédio da Fhemig, localizado na Alameda Vereador Álvaro Celso, no Bairro Santa Efigênia, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Segundo ela, os trabalhadores afirmaram que não vão deixar a unidade. O Sind-Saúde também pretende protocolar na tarde desta terça-feira na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), uma solicitação de audiência pública em caráter emergencial.
O presidente da Fhemig afirma que o acordo foi feito na gestão passada e venceu em janeiro. “Antes de 2013, os funcionários reclamaram sobre as condições do Galba Ortopédico. Em 2016, houve uma decisão dando 12 meses para a Fhemig se adequar, porém os custos eram pesados e teria que haver um grande investimento. Com dificuldade financeira, a Fhemig não conseguiu cumprir no prazo, que findou em janeiro deste ano. Por isso, foi feito o acordo de que passados seis meses, se não fosse feita a adequação, ocorreria o fechamento”, explicou.
Na próxima quinta-feira, uma audiência será realizada entre a Promotoria de Saúde, a Fhemig, o Sind-Saúde e o Conselho Estadual de Saúde para discutir a situação.
De acordo com a fundação, os trabalhadores serão absorvidos por outras unidades da rede, assim com as cirurgias. Nesta terça-feira, ainda há 10 pacientes internados, sendo que quatro aguardam procedimentos cirúrgicos e seis estão em tratamento de infecção. A Fhemig esclarece que desde a última semana não são encaminhados pacientes para a unidade ortopédica.
(RG)
.