As águas vão rolar no Chafariz dos Contos, no Centro Histórico de Ouro Preto, na Região Central de Minas. Depois de mais de 20 anos no seco, e com muitos problemas na preservação, o equipamento do século 18, usado originalmente para abastecimento público voltará à cena barroca com a mesma serventia e, melhor, restaurado. Segundo o secretário municipal de Cultura e Patrimônio, Zaqueu Astoni Moreira, os recursos de R$ 52 mil para a obra são do Fundo Municipal do Patrimônio e a expectativa é de que tudo fique pronto no fim de outubro ou início de novembro.
“A água do chafariz será potável, então própria para o consumo, e representará um atrativo a mais para moradores e visitantes”, afirma Zaqueu. Ele destaca a importância do monumento construído em 1745 para Ouro Preto, cidade que é Patrimônio da Humanidade, reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e tem a região central tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
“A peça tem uma inscrição em latim (Is quae potatum cole gens pleno ore Senatum, securi ut sitis nam jacit ille sitis) numa referência ao antigo Senado da Câmara. A tradução é ‘o povo de boca cheia louvará o senado que sua sede saceia’”, diz o secretário. Em resumo, o Senado da Câmara, como administrador impessoal, e não o governador da época, entregou à população a obra de utilidade pública.
Quem passa na Rua São José e para na Praça Reinaldo Alves de Brito, chamada de pracinha do cinema, pode ver o chafariz com os tapumes e trabalhadores em ação. Entusiasmado com o serviço, Zaqueu conta que uma réplica desse monumento se encontra num parque da cidade norte-americana de Brazil (com z mesmo), no estado de Indiana. Ele foi dado de presente pelo ex-embaixador do Brasil em Washington (EUA) Maurício Nabuco (1937-1985).
SEM ÁGUA O Chafariz dos Contos é considerado o mais importante de Ouro Preto. Construído em alvenaria de pedra rebocada e partes aparentes em cantaria, ele fica no centro de um grande paredão na praça. De acordo com os especialistas, ele tem duas grandes e largas volutas (ornamento) de cantaria, em curvas, com o espaço no qual se insere uma grande concha barroca apoiada numa bacia esculpida. A diferença do Chafariz dos Contos para os outros de Ouro Preto, restaurados e entregues à comunidade no ano passado, é que o agora em obras terá água, diz o secretário.
O conjunto de 22 chafarizes foi restaurado com Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas, do governo federal. A maioria foi construída entre 1740 e 1760, época de grandes investimentos em obras públicas na então capital da Capitania de Minas Gerais, chamada de Vila Rica. O responsável pela construção dos chafarizes era o Senado da Câmara, que publicava editais de arrematação e contratava artífices para trabalhar sob a orientação de um risco, como era chamado o projeto. No período colonial, o material preferencialmente empregado nos tanques, ornatos e muros eram rochas locais, como o itacolomi ou a canga, sendo que mais tarde, novos materiais foram introduzidos, como o ferro fundido.
“A água do chafariz será potável, então própria para o consumo, e representará um atrativo a mais para moradores e visitantes”, afirma Zaqueu. Ele destaca a importância do monumento construído em 1745 para Ouro Preto, cidade que é Patrimônio da Humanidade, reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e tem a região central tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
“A peça tem uma inscrição em latim (Is quae potatum cole gens pleno ore Senatum, securi ut sitis nam jacit ille sitis) numa referência ao antigo Senado da Câmara. A tradução é ‘o povo de boca cheia louvará o senado que sua sede saceia’”, diz o secretário. Em resumo, o Senado da Câmara, como administrador impessoal, e não o governador da época, entregou à população a obra de utilidade pública.
Quem passa na Rua São José e para na Praça Reinaldo Alves de Brito, chamada de pracinha do cinema, pode ver o chafariz com os tapumes e trabalhadores em ação. Entusiasmado com o serviço, Zaqueu conta que uma réplica desse monumento se encontra num parque da cidade norte-americana de Brazil (com z mesmo), no estado de Indiana. Ele foi dado de presente pelo ex-embaixador do Brasil em Washington (EUA) Maurício Nabuco (1937-1985).
SEM ÁGUA O Chafariz dos Contos é considerado o mais importante de Ouro Preto. Construído em alvenaria de pedra rebocada e partes aparentes em cantaria, ele fica no centro de um grande paredão na praça. De acordo com os especialistas, ele tem duas grandes e largas volutas (ornamento) de cantaria, em curvas, com o espaço no qual se insere uma grande concha barroca apoiada numa bacia esculpida. A diferença do Chafariz dos Contos para os outros de Ouro Preto, restaurados e entregues à comunidade no ano passado, é que o agora em obras terá água, diz o secretário.
O conjunto de 22 chafarizes foi restaurado com Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas, do governo federal. A maioria foi construída entre 1740 e 1760, época de grandes investimentos em obras públicas na então capital da Capitania de Minas Gerais, chamada de Vila Rica. O responsável pela construção dos chafarizes era o Senado da Câmara, que publicava editais de arrematação e contratava artífices para trabalhar sob a orientação de um risco, como era chamado o projeto. No período colonial, o material preferencialmente empregado nos tanques, ornatos e muros eram rochas locais, como o itacolomi ou a canga, sendo que mais tarde, novos materiais foram introduzidos, como o ferro fundido.