A partir da semana que vem, também começará a funcionar a irrigação, graças às ações de retomada do abastecimento do espelho que armazena a água usada para molhar a grama. De qualquer forma, Gisele Mafra garante que a poda da grama é a principal ação para manter os carrapatos afastados da população. “Quando fazemos a roçada e a limpeza da grama, o sol bate e isso já é fator para o carrapato não proliferar”, acrescenta. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) recomenda às pessoas o uso de repelentes, vestimentas longas e de cor clara (que permitem a fácil visualização do carrapato) e calçados fechados e de cano longo. A pasta também orienta que os visitantes evitem se deitar e sentar diretamente em gramados durante as atividades de lazer e que examinem o corpo com frequência para que consigam retirar um carrapato o mais rápido possível, caso ele seja encontrado.
No ano passado, dois casos de febre maculosa registrados em BH tiveram relação com a orla da lagoa. Um deles, inclusive, provocou a morte de um garoto de 10 anos, que participou de excursão com um grupo de escoteiros no Parque Ecológico. A ocorrência desses dois casos levou a PBH a adotar uma série de ações, como a aplicação e carrapaticidas, capina, irrigação e fechamento de áreas de maior concentração dos carrapatos. Dados da SES/MG mostram que de 2008 a 2016 foram registrados 118 casos no estado, com 48 mortes notificadas. Os sintomas iniciais da febre maculosa são febre, dor de cabeça, dores musculares, mal-estar, náuseas e vômitos, que aparecem entre o 2º e o 14º dia após a picada do carrapato. Como essas sensações podem ser confundidas com outras doenças, é fundamental que, diante dos primeiros sintomas, o paciente procure imediatamente um posto de saúde e relate ao profissional de saúde que esteve em áreas propícias para a presença de carrapatos.
Ainda de acordo com a SES/MG, o tratamento deve ser iniciado imediatamente a partir da suspeita de febre maculosa. O tratamento é realizado com antibióticos via Sistema Único de Saúde (SUS). Se não tratada, a doença pode evoluir para estágios de confusão, torpor, alterações psicomotoras e outras manifestações graves, como edema, hemorragia e icterícia, que podem levar o paciente à morte em cerca de 80% dos casos.
Um dos hospedeiros da bactéria Rickettsia rickettsii, que transmite a febre maculosa, é a capivara, animal que está presente na orla da Lagoa da Pampulha. De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o projeto de manejo das capivaras, que somam entre 85 e 100 animais na orla, está em fase final de conclusão. O trabalho prevê monitoramento e censo, cirurgia de castração e monitoramento pós-cirúrgico. O pontapé inicial depende da contratação da empresa que será responsável pelo manejo. Essa contratação será viabilizada a partir de uma medida de compensação ambiental. Uma cirurgia de castração piloto foi realizada em uma das capivaras para servir de modelo para os outros roedores que vão passar pelo procedimento. A cirurgia foi fotografada e filmada para servir de modelo para as próximas castrações.
Zoológico de terça a domingo
A população de Belo Horizonte já pode voltar a usufruir de um espaço muito procurado principalmente por famílias com crianças da capital mineira e também os turistas. O zoológico de BH voltou a funcionar normalmente, de terça-feira a domingo, das 8h às 17h, desde quarta-feira. A retomada dos horários e dias normais foi possível devido à efetivação de um novo contrato que terceiriza parte da mão de obra necessária para o funcionamento do espaço.
Em abril, o contrato que estabelecia a atuação de cerca de 150 funcionários foi encerrado, desguarnecendo metade dos postos de trabalho necessários para o funcionamento pleno do zoológico. A outra metade é garantida pelos servidores diretos da Prefeitura de BH e por isso a abertura do espaço precisou ficar restrita aos fins de semana. Com o funcionamento normalizado, o Aquário do Rio São Francisco volta a participar do Circuito Pampulha Noturno, abrindo suas portas para a visitação noturna toda segunda terça-feira de cada mês, das 18h às 21h. Em agosto, a atividade ocorrerá no dia 8.
Serviço
Zoológico, Jardim Botânico e Aquário
Funcionam de terça-feira a domingo,
das 8h às 17h
De terça a sexta R$ 5,
sábado R$ 6 e domingo R$ 8
Aquário de terça a domingo R$ 6
l Portaria I – Pampulha:
Av. Otacílio Negrão de Lima, 8.000
l Portaria II – Serrano:
Av. Antônio Francisco Lisboa, 2.600
l Portaria Aquário: Av. Antônio Francisco Lisboa, 450 (aberta apenas nos dias de visita noturna)
Parque Ecológico da Pampulha
De terça-feira a domingo, das 8h30 às 18h
Entrada gratuita
Av. Otacílio Negrão de Lima
Portaria I: nº 6.061(Marco Zero)
Portaria II: nº 7.111 (Toca da Raposa)
A entrada nos espaços é permitida até uma hora antes do fechamento.