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Estado de Minas

Funcionários mortos em explosão da Gerdau são sepultados nesta quarta-feira

Um operário foi enterrado em Conselheiro Lafaiete e o outro, em Ipatinga. Sindicato e órgãos do estado estão reunidos na tarde desta quarta


postado em 16/08/2017 14:13 / atualizado em 16/08/2017 22:11

Foram enterrados nesta quarta-feira os corpos dos dois funcionários mortos na explosão numa usina da siderúrgica Gerdau, em Ouro Branco, na Região Central de Minas. O acidente ocorreu na manhã de terça-feira (15). Pelo segundo dia, houve paralisação na porta da fábrica. A diretoria se reúne nesta tarde com órgãos estaduais para avaliar a situação da empresa.


O corpo de Fernando Alves Peixoto, de 40 anos, foi sepultado no Cemitério Nossa Senhora da Conceição, na cidade vizinha de Conselheiro Lafaiete, às 11h. A outra vítima, Cristiano Rodrigo Marcelino, de 35, funcionário da Convaço, empresa contratada pela Gerdau, foi enterrado em Ipatinga, no Vale do Aço, às 12h. Pela manhã, o Sindicato dos Metalúrgicos de Ouro Branco e Base (Sindob) fez uma paralisação na porta da fábrica e os trabalhadores foram impedidos de assumir seus postos. Os sindicalistas fizeram corpo a corpo com os funcionários e entregaram informativos. A ação durou cerca de uma hora e meia.


A assessoria de imprensa da siderúrgica informou, por meio de nota, que o quadro de saúde dos feridos é estável. Dois pacientes já receberam alta, seis foram transferidos para Belo Horizonte (MG) e dois permanecem no Hospital Fundação Ouro Branco (FOB). Acrescentou que a Gerdau e a Convaço estão prestando assistência às famílias das vítimas e trabalhando para detectar as causas do acidente. O serviço de manutenção que estava sendo executado na Coqueria 2 está paralisado e as demais áreas estão em operação.

De acordo com a assessoria de imprensa do Sindob, deve ser feita em breve uma visita técnica à usina para avaliar as condições de trabalho. O sindicato está em reunião na tarde desta quarta com vários órgãos estaduais, entre eles a Superintendência de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador e a Subsecretaria de Vigilância e proteção à Saúde.

Este é o terceiro acidente em nove meses. A explosão ocorreu quando um grupo trabalhava na manutenção da parte inferior da coqueria 2 da usina – um forno em que se produz o coque, derivado de carvão mineral essencial à fabricação do aço. Além dos dois mortos, 10 pessoas ficaram feridas, duas em estado grave. No ano passado, acidentes na usina em novembro e em dezembro provocaram cinco mortes.

RB


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