Leia Mais
Protesto de taxistas complica trânsito. 'Vai lacrar tudo', diz presidente de sindicatoUber está liberado em Minas GeraisTaxistas fazem vigília enquanto Tribunal define destino do Uber em BHTaxistas protestam contra regularização do Uber e Cabify em BHJustiça mineira define o rumo do Uber nesta quarta-feiraTaxistas protestam contra regularização do Uber e Cabify em BHCondutores a serviço de aplicativos querem participação na regulamentação do setor Taxistas cancelam protestos em BH e PBH discute regulamentação do UberTaxistas e estudantes protestam em frente a Prefeitura de BHMulher é presa com cinco bananas de dinamite em Santa LuziaHomens roubam dois carros, atiram em PM e são detidos em BetimVia Expressa tem perseguição policial e tiros; dois homens são presos
No entendimento do TJMG, os motoristas não estão sujeitos à exigência de cadastramento na BHTrans, apenas na empresa representante de cada aplicativo. Sendo assim, nenhum condutor parceiro pode ser multado por transporte clandestino. Na prática, o serviço continua nos moldes em que está. A decisão vale para circulação em Belo Horizonte e também para viagens da capital para outras cidades, o que traz impacto sobre a regras fiscalizadas pelo Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER/MG). Nesse caso, o órgão estadual também está impedido de multar.
DECISÃO O julgamento começou às 13h30.
O que estava em jogo na sessão era um Incidente de Resolução de Demanda Repetitiva (IRDR), para uniformizar o entendimento das câmaras do tribunal em relação à questão. A instauração foi provocada por um usuário do Uber, que requereu o reconhecimento da legalidade do funcionamento do aplicativo em Minas Gerais. Em outubro do ano passado, o processo foi aberto para que vários órgãos se manifestassem. O Ministério Público se manifestou pela não aplicabilidade da lei municipal e do Código de Trânsito Brasileiro à atividade exercida pelo Uber, discorrendo sobre a insuficiência dos serviços de transporte público tutelados pelo Estado.
REAÇÃO Do lado de fora do tribunal, na Avenida Afonso Pena, no Bairro Cruzeiro, na Região Centro-Sul de BH, a multidão de taxistas que desde cedo protestava contra a concorrência reagiu com protestos, carreatas e ameaças. Por meio de nota, a BHTrans informou que vai aguardar a publicação da decisão para, se for o caso, se manifestar. O DEER adotou postura semelhante.
A Uber informou que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais consolidou o entendimento que a empresa já tinha – de que o serviço oferecido por seus motoristas parceiros é legal no Brasil. “A decisão do IRDR é a primeira do tipo no país e reforça o direito de escolha da população de Minas Gerais e, principalmente, o direito de gerar renda dos motoristas parceiros da Uber”, informou, em nota.
Revolta, tensão e tráfego parado
A decisão da Justiça permitindo a operação de aplicativos de transporte em Minas revoltou taxistas, que agora ameaçam com protestos diários em BH.
O presidente do sindicato da categoria (Sincavir), Avelino Moreira, afirmou que as manifestações vão continuar. “A partir de hoje, todos os dias, a partir das 18h, só se transita nesta cidade por vias aéreas. Porque aqui embaixo vai lacrar tudo. A partir de hoje está tudo fechado até que a ordem se restabeleça. Até que a justiça realmente aconteça”, disse.
Momentos de tensão marcaram o protesto quando um carro que trabalhava para um dos aplicativos de transporte passou pela manifestação. Taxistas obrigaram a passageira a descer, quebraram o para-brisa e só se acalmaram depois que a Guarda Municipal interveio. Condutores de táxi que não aderiram à passeata foram hostilizados pelos colegas que participavam do ato, o que demandou nova intervenção, desta vez da Polícia Militar. Diante do TJMG, outros protestavam acenando com notas de real.
O presidente do Sincavir conclamou os presentes a comparecer a uma reunião com o prefeito da capital, Alexandre Kalil, marcada para hoje.
.