Jornal Estado de Minas

Ex-miss Minas Gerais suspeita de fraude vai para prisão domiciliar


A ex-miss Minas Gerais Tatiane Kelen Barbosa Alves Barcelos, presa na última terça-feira, vai deixar a prisão. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) decidiu modificar o regime fechado para a prisão domiciliar. A decisão foi desta sexta-feira. Ela é apontada como integrante do esquema de fraude em licitações de transporte escolar em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Tatiane é casada com o empresário Enilson Custódio de Melo Barcelos, preso no dia 17 de julho, em Esmeraldas, suspeito dos crimes de lavagem de dinheiro. A mulher é suspeita de lavagem de dinheiro, organização criminosa e outros delitos. De acordo com o delegado Fábio Moraes Neto, Esmeraldas, o cumprimento do mandado de prisão da mulher foi um desdobramento à operação Ptolomeu, da Polícia Civil, que foi realizada em julho, ocasião em Enilson foi preso. O pedido de prisão foi feito pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Mesmo em prisão domiciliar, Tatiane terá que cumprir algumas medidas.
De acordo com o TJMG, ela terá que atualizar o endereço todos os meses, está proibida de falar ao telefone e utilizar as redes sociais, exceto em caso de urgência e de saúde. Também está proibida de falar com os coréus do processo, exceto o marido dela.

Na primeira fase da Operação Ptolomeu, a Polícia Civil cumpriu mandados de prisão, busca e apreensão, e de condução coercitiva em Esmeraldas e Brumadinho, ocasião em que dois ex-prefeitos de Esmeraldas também foram presos preventivamente, Flávio Leroy e Glacialdo de Souza, além de outras 12 pessoas, incluindo Enilson.

A assessoria da Polícia Civil informou ainda que outras quatro pessoas foram presas em flagrante. Durante a operação foram apreendidos documentos e veículos com o objetivo de confirmar os indícios de crimes contra o patrimônio público levantados durante a investigação.

De acordo com a Secretaria Estadual de Administração Prisional (Seap), Tatiane está detida no Presídio de São Joaquim de Bicas II, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Até a publicação desta reportagem, ela continuava no sistema prisional. .