O tradicional Mercado das Flores de Belo Horizonte, que fica ao lado do Parque Municipal, no Centro da capital, foi desativado na tarde desta terça-feira devido a obras que serão realizadas no local.
A medida partiu da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Belotur, empresa municipal responsável pelas ações turísticas da cidade. No local, funcionavam o Centro de Atendimento ao Turista, um posto de venda Sinparc, para compra de ingressos de teatro, e a floricultura Flora Rosa. Todos esses estabelecimentos foram desativados para início das obras.De acordo com Marcos Barreto, diretor de Promoção e Marketing da Belotur, as obras visam uma revitalização do espaço. "Para tornar a cidade mais atrativa, a Belotur vêm promovendo várias ações de revitalização no Centro. A ideia é consolidar Belo Horizonte como um atrativo turístico. O Mercado das Flores agora vai passar por uma reforma e para isso acontecer os estabelecimentos que ali funcionavam tiveram que ser desativados", explica ele. As obras estão previstas para durarem até o final do ano.
Ele explica, ainda, que a Belotur é responsável pela gestão pública do espaço e que após as obras terminarem será aberta uma licitação para empresas que desejam sediar o local, de acordo com estudo realizado previamente. "Não tem como falar dessa licitação agora, porque ela ainda será elaborada. Iremos estudar o que é mais atrativo, do ponto de vista turístico, para abrigar o Mercado das Flores. Se será a floricultura ou outro tipo de comércio nós ainda veremos.", complementa.
Floricultura
Há 42 anos em funcionamento, a floricultura Flora Rosa se tornou um ícone da capital mineira. Ponto de referência para os belo-horizontinos na hora de presentear alguém especial, o espaço funcionava 24 horas por dia, todos os dias da semana.
O proprietário da floricultura, Antônio Soares Ferrreira, conta que trabalha há 27 anos no local e não recebeu nenhuma explicação da PBH sobre a desocupação. "Eu estou muito chateado, sou um homem de família trabalhando honestamente e agora, de repente, estou desempregado. Nós pagamos 11 mil de aluguel para a Prefeitura e do nada somos expulsos.", desabafa.
Ele conta, ainda, que recebeu uma notificação na semana passada sobre a desocupação, programada para acontecer na sexta-feira. "Consegui conversar com eles para adiar a data e poder me preparar. Hoje, eles já chegaram aqui com o caminhão para levar tudo embora. Eu só queria que a Prefeitura explicasse o motivo", relata. A Belotur, por sua vez, alega que o proprietário foi comunicado.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie