Professores contratados pela prefeitura de Ribeirão das Neves, na Grande BH, protestam nesta manhã de quarta-feira contra a onda de demissões de profissionais da educação no município.Um decreto da prefeitura publicado no Diário Oficial do Município nessa segunda-feira anunciou a suspensão dos contratos de 130 professores substitutos.
Cerca de 200 pessoas, entre profissionais, pais e alunos, participam do manifesto que começou em frente ao gabinete do prefeito Junynho Martins (PSC) e seguiu para o prédio da Secretaria de Educação da cidade.
De acordo com a representante do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute/MG) em Ribeirão das Neves, Marcela Ramos Pereira, o prefeito teria dito aos professores e ao sindicato que revogaria o decreto publicado na segunda-feira, mas a suspensão da decisão não foi publicada.
Além disso, ainda segundo Marcela Ramos, a onda de demissões mudou de foco e chegou aos vice-diretores de escolas da cidade. “O prefeito disse que iria revogar o decreto e não suspenderia mais os contratos de professores, porém, está demitindo vice-diretores elegidos pela comunidade em consulta popular. Os educadores já foram avisados das demissões e estão sendo chamados na Secretaria de Educação para assinarem os termos de demissão.”
O Sind-Ute informou também que funcionários das secretarias das escolas de Ribeirão das Neves e profissionais de serviços gerais também estão tendo os contratos encerrados. Segundo o sindicato, cerca de 40 escolas no município estão sem profissionais nas secretarias.
Na sexta-feira está prevista uma assembleia entre os profissionais da educação com o sindicato para tratar do assunto. Uma reunião entre representantes da prefeitura e da categoria também deve ser marcada até o fim da semana.
Em nota, a prefeitura de Ribeirão das Neves declarou que os primeiros cortes devem ocorrer nos cargos comissionados, e não de professores eventuais. O Decreto Municipal nº 131/2017 foi publicado nesta quarta-feira. O poder executivo do município diz ainda que o corte de gasto é necessário para que o pagamento de servidores e fornecedores seja feito em dia, e também para que não haja paralisação dos serviços e das obras públicas.
* Sob supervisão da subeditora Jociane Morais
"O Prefeito Municipal está atendo não apenas ao que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal, que impõe um limite de gastos com pessoal, mas também a voz que veio dos professores da rede de ensino municipal, quando expuseram que aquela primeira medida não seria inteiramente adequada ao ensino no município", diz.
* Sob supervisão da subeditora Jociane Morais