Segundo o tenente Vinícius Fulgêncio, a fiscalização ao local será feita nesta quinta-feira. Na ocasião, será feita vistoria para verificar eventuais outras irregularidades e uma advertência escrita será aplicada ao centro comercial, que terá até 60 dias para regularizar sua situação. Caso isso não ocorra, o complexo está sujeito a multa entre R$ 487 e R$ 4.875.
"A legislação para a confecção do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros prevê duas validades: três anos para estabelecimentos como restaurantes, onde há reunião de público, e de cinco anos para casos gerais. O edifício em questão estava regulamentado pelo segundo", explicou o tenente.
Segundo a corporação, o auto de vistoria é emitido após a verificação das medidas de segurança instaladas de acordo com com o Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico (PSCIP). A equipe do em.com tentou entrar em contato com os responsáveis pelo complexo de compras, mas as ligações não foram atendidas.
A Defesa Civil do município esteve no local nesta quarta-feira, um dia depois do incidente, para fazer vistoria. A explosão provocou danos estruturais em oito lojas. A suspeita é de que um vazamento de gás tenha provocado a situação. Porém, as causas ainda estão sendo investigadas pela Polícia Civil.
VISTORIA
Engenheiros da Defesa Civil visitaram todas as 48 lojas e salas do centro comercial. Segundo o órgão, em oito estabelecimentos foi constatado comprometimento da estrutura. Os donos foram notificados. Será elaborado um relatório técnico para avaliar a real situação de cada local. Os outros 40 espaços foram liberados para limpeza e a reocupação.
A explosão assustou moradores e funcionários do Condomínio Alphaville na tarde dessa terça-feira. Com o impacto, várias lojas foram danificadas. Os estabelecimentos foram interditados pelo Corpo de Bombeiros e a área, isolada. Imagens feitas por populares mostraram a destruição. Mesas e cadeiras aparecem caídas no chão, junto a entulho e estilhaços de vidro. Telhas também foram arrancadas.
Moradores afirmaram que janelas de imóveis próximos chegaram a tremer com o impacto. A suspeita é de vazamento de gás. Segundo o Corpo de Bombeiros, o fornecimento de gás é feito por meio de uma central que passou por manutenção há poucos dias.
Em nota, a Associação do Centro Comercial do condomínio Alphaville disse que desde o dia 3 de julho uma empresa especializada em engenharia tem trabalhado na renovação do auto de vistoria, e que o relatório de ajustes e adequações foi protocolado junto ao Corpo de Bombeiros no dia 17 de agosto, cinco dias antes da explosão. Após visita feita nesta quinta-feira, os militares deram um prazo de 60 dias para que o centro comercial realize as recomendações necessárias. As normas são previstas pela Lei 14.130/2001, que dispõe sobre prevenção de incêndio e pânico no estado.
(RG)