A estiagem em Belo Horizonte já atinge 75 dias. A última chuva na capital mineira aconteceu em 13 de junho. Ainda sem previsão de precipitação, a cidade continua sofrendo com o tempo seco. A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) emitiu um alerta para a baixa umidade relativa do ar, que ficou abaixo dos 30%. Esse índice é considerado estado de atenção pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pode trazer risco a saúde. No interior do estado a situação é ainda pior.
A baixa umidade relativa do ar é resultado de uma massa de ar seco que está predominando em Minas Gerais. “Passou uma frente fria no início da semana que provocou chuva no Sul de Minas. De lá, para cá, o ar frio continuou e predomina na madrugada e nas manhãs. Agora, uma massa de ar seco vai predominar. Na capital, o tempo vai continuar seco até a próxima terça-feira”, explicou Luiz Ladeia, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O especialista explicou que como as noites são mais longas nesta época do ano, o calor se dissipa mais rapidamente e a temperatura cai. Por isso, o frio deve persistir nas noite e manhãs em BH.
Por volta das 14h, já dava para sentir as consequências do tempo seco. A umidade na capital mineira estava em 31%. Horas depois, caiu para 27%. “A perspectiva é que fique entre 65%, registrado nesta manhã, e 25%. Amanhã (sábado), vai piorar ainda mais. O índice deve atingir 20%”, alertou o meteorologista. A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera o índice entre 21% e 30% como estado de atenção; entre 12% e 20%, de alerta, e abaixo de 12%, estado de emergência. O índice considerado ideal é 60%.
Cuidados com a saúde
Com o tempo seco, o período recomendado para a prática de atividades físicas é antes das 10h e após as 17h. Outras orientações são usar roupas leves, fazer refeições leves, incluindo frutas e verduras, usar sombrinha ou guarda-chuva para andar nas ruas no período mais quente. A hidratação deve ser reforçada nas crianças, com a ingestão de bastante líquido. Os idosos também exigem atenção, pois são suscetíveis a problemas respiratórios. Para reduzir as consequências do clima seco, a receita é investir na hidratação, consumindo muitos líquidos e lavando o nariz com soro fisiológico, além de hidratar a pele.