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Elas citam que, no ano passado, uma resolução do Conselho Universitário proibiu qualquer ato discriminatório ou violação dos direitos humanos no âmbito da UFMG. “Lamentavelmente, nossas regras não protegem os membros da nossa comunidade em situações como esta.
Veja as notas da reitoria e das professoras na íntegra
- Foto: UFMG/Divulgação
Relembre o caso
Shane Landry disse que a agressão ocorreu por volta das 3h30 do último sábado, durou cerca de três minutos e só cessou depois que vários carros começaram a parar diante da cena que ainda deixa os dois estudantes em estado de choque.
“Estávamos atravessando a Avenida Afonso Pena, no cruzamento com Rua Espírito Santo, quando fomos abordados pelos três ‘monstros’ que nos perguntaram: ‘Vocês estão rindo de que?’. Depois, começaram a nos bater”, conta Shane.
O estudante conta que conseguiu se desvencilhar dos agressores e atravessar a avenida, mas, quando olhou para trás, os três haviam derrubado seu amigo e o estavam atacando com socos e chutes. “Então eu voltei e consegui deter um deles. Mas, em seguida, os três começaram a me bater. Eles só pararam quando viram que muitos carros estavam parando, embora ninguém tenha descido para ajudar”, lamenta Shane.
A vítima conta que, a princípio, achou que a abordagem seria um assalto.
O jovem lamentou a reação de ódio dos agressores e disse que, além de prestar queixa policial, fez contato com o consulado dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, pedindo para que contacte autoridades policiais em Minas, para cobrar apuração do caso. “Vou tentar conseguir imagens das câmeras da região. Quero que essas pessoas sejam identificadas e punidas pelo que fizeram.
Shane afirma que durante todo o tempo que está em Belo Horizonte nunca havia sido vítima de uma ação tão violenta. “Sei que homofobia é algo que pode acontecer em qualquer lugar do mundo. Nos Estados Unidos, na Europa... Mas a sensação que tenho é de que aqui no Brasil as pessoas que praticam esse crime são mais violentas.” (Com informações de Valquíria Lopes).