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Estado de Minas

Incêndio no Pico do Itacolomi segue descontrolado

O fogo se espalhou rapidamente e atingiu uma área de difícil acesso. Reforço de militares de Belo Horizonte vai chegar nesta quarta-feira para ajudar no combate


postado em 29/08/2017 18:07 / atualizado em 29/08/2017 22:43

Fogo se espalhou rapidamente pela vegetação. Causas são investigadas(foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Fogo se espalhou rapidamente pela vegetação. Causas são investigadas (foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)

O combate ao incêndio que atinge o Pico do Itacolomi, situado entre Ouro Preto e Mariana, na Região Central de Minas Gerais, vai continuar nesta quarta-feira. O fogo se espalhou rapidamente e atingiu uma área de difícil acesso. Ele continua descontrolado. Ao menos 25 pessoas participaram do combate nesta terça-feira e contaram com a ajuda de aeronaves do Instituto Estadual de Florestas (IEF).

De acordo com o funcionário do parque, Felipe Marcos, o incêndio está em uma área de difícil acesso, o que dificulta a ação dos brigadistas. “O acesso é o principal problema. Lá, só se consegue chegar por meio terrestre, a pé. Nem carro chega lá. Também estamos sem comunicação, apenas por rádio”, explica.

O fogo se concentrou em uma área chamada de Serrinha, que fica próxima ao distrito de Passagem, que pertence a Mariana. Segundo o Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, o incêndio foi detectado no parque por volta das 7h de segunda-feira. As causas ainda serão investigadas, bem como será feita a medição da área atingida.

De acordo com o Major Anderson Passos, do Corpo de Bombeiros, haverá um reforço no combate nesta quarta-feira. “Serão deslocados 16 militares do 1º Batalhão de BH. Serão aproximadamente 50 homens que iniciam o combate logo na madrugada”, explicou.

A unidade de conservação Parque Estadual do Itacolomi fica entre os municípios de Mariana e Ouro Preto, a 100 quilômetros de Belo Horizonte. Foi demarcada e aberta à visitação em 14 de junho de 1967. Um dos destaques da unidade é o Pico do Itacolomi, com 1.772 metros de altitude, e que era o ponto de referência para os antigos viajantes da Estrada Real, que o chamavam de o “Farol dos Bandeirantes”. A palavra itacolomi vem da língua tupi e significa “pedra menina”. Os índios viam o pico como o “filhote” da montanha ou “pedra mãe”, segundo a descrição do espaço no informativo do Instituto Estadual de Florestas (IEF-MG).

O parque tem uma área de 7.543 hectares de matas, onde predominam as quaresmeiras e candeias. Nas partes mais elevadas aparecem os campos de altitude, com afloramentos rochosos, onde se destacam as gramíneas e canelas-de- emas. Abriga muitas nascentes, afluentes do Rio Gualaxo do Sul. Animais raros e ameaçados de extinção vivem na vegetação, como o lobo guará, a ave-pavó, a onça-parda e o andorinhão -de- coleira (ave migratória). Também podem ser vistas espécies de macacos, micos, tatus, pacas, capivaras e gatos mouriscos. Levantamentos identificaram mais de 200 espécies de aves, como jacus, siriemas e beija-flores.

Outros incêndios

Além do parque, outras quatro unidades de conservação de Minas Gerais foram atingidas por incêndios nas últimas 48 horas, segundo o Semad. São elas: Parque Estadual Serra do Papagaio, em Baependi, no Sul de Minas, Reserva de Vida Silvestre Serra das Aroeiras, em Pedro Leopoldo, na Grande BH, Parque Estadual Serra do Rola Moça, em Brumadinho, também na região metropolitana, e Monumento Natural Serra da Moeda, na Região Central.

RB


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